Inteligência artificial eleva o peso da graduação
O diretor comercial da Trend Micro, Rodrigo Garcia, avalia que, com o advento da inteligência artificial e machine learning, carreiras como ciência de dados abarcam outras áreas de conhecimento, como a de negócios e da matemática. “Por isso, o profissional deve ter qualificações que transitem entre esses campos e nesse caso, o ensino universitário ganha peso”, diz.
De acordo com ele, por muito tempo a formação profissional foi segregada por áreas de conhecimento. “Hoje, está tudo mais interligado. Talvez, para os interessados em atuar no mercado de dados, ter somente certificações pode não dar o embasamento necessário.”
O executivo acredita, no entanto, que o peso do diploma universitário na carreira de TI é diferente quando comparado a profissões tradicionais. “A prática é essencial, principalmente para cargos técnicos. E muitas vezes, esse não é o foco do ensino atual”, afirma. “A experiência e o conhecimento de diferentes linguagens são mais importantes. Grandes empreendedores de tecnologia têm carreiras brilhantes e não possuem diploma”, diz.
Segundo Garcia, cerca de 30% dos funcionários da área técnica são autodidatas. Já na Kanamobi, a gerente de RH, Fernanda Oliveira, diz que 65% dos profissionais são autodidatas.