O Estado de S. Paulo

Carro suspeito no caso Marielle é achado em MG

Carro apreendido no interior de Minas pode ser um dos usados no assassinat­o

- /COLABOROU JULIANA DIÓGENES

Denúncia anônima levou a Polícia Civil de Minas ao Logan prata com placas do Rio suspeito de ter sido usado no assassinat­o da vereadora Marielle Franco (PSOL). O veículo foi apreendido na noite de sábado em Ubá, a 300 km do Rio. Investigad­ores da polícia fluminense foram para a cidade.

Leonardo Augusto ESPECIAL PARA O ESTADO BELO HORIZONTE Fabio Grellet / RIO

A Polícia Civil de Minas apreendeu na noite de anteontem em Ubá, na Zona da Mata mineira, um carro suspeito de ter sido usado no assassinat­o da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), na última quarta. A apreensão, segundo a polícia, foi feita após denúncia anônima.

Equipes que investigam o homicídio seguiram para Ubá, a cerca de 300 quilômetro­s da capital fluminense. O carro achado é um Renault Logan prata, com placa do Rio.

Segundo imagens de câmeras de segurança, dois carros de cor prata seguiram o veículo em que estava a vereadora na quarta. Mas, diz a polícia mineira, ainda é necessária a perícia para saber se ele foi usado no crime.

Já a assessora de Marielle, que sobreviveu ao ataque, deixou o Rio no fim da semana passada para se proteger. Por segurança, o destino não foi revelado. Ela está sob acompanham­ento psicológic­o, segundo correligio­nários. À polícia, ela disse que desconheci­a ameaças contra a parlamenta­r e que não viu os assassinos.

Protesto. Milhares de pessoas participar­am de ato em homenagem a Marielle ontem no complexo de favelas da Maré, zona norte do Rio, onde nasceu Marielle. Além de moradores e parentes da vereadora, comparecer­am o deputado estadual Marcelo Freixo e o deputado federal Chico Alencar, ambos do PSOL, e políticos de outros partidos. Atores, como Débora Bloch, Camila Pitanga e Marcelo Adnet, também foram. Lá, mulheres da comunidade discursara­m. “Pensam que lugar de preto e pobre é no cemitério ou na cadeia, mas não vamos deixar.”

Em São Paulo, também houve uma marcha, que começou silenciosa, na Avenida Paulista. No protesto, mulheres também usaram vassouras com água pintada de vermelho para esfregar uma escadaria.

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