O Estado de S. Paulo

Ministro corrige informação sobre munição

- BRASÍLIA RIO BELO HORIZONTE /ROBERTA PENNAFORT e LEONARDO AUGUSTO, ESPECIAL PARA O ESTADO

O ministro extraordin­ário da Segurança Pública, Raul Jungmann, corrigiu informação dada à imprensa na sexta sobre a munição achada no local do assassinat­o da vereadora Marielle Franco (PSOL). Ele havia dito que a munição do lote UZZ-18, comprado pela Polícia Federal, em 2006, da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), teria sido roubada de uma agência dos Correios na Paraíba. Agora, ele afirma que cápsulas do mesmo lote foram encontrada­s em uma agência alvo de roubo.

O crime, segundo o ministério, foi em Serra Branca (PB), em 24 de junho de 2017, quando houve arrombamen­to seguido de explosão. Nessa nova versão, a pasta explica que o material não foi furtado, mas, sim, utilizado pelos bandidos responsáve­is pelo roubo.

Ontem, a Polícia de Minas também informou que não há indícios de que o dono do carro achado em Ubá, em Minas, tenha relação com o homicídio da vereadora. O automóvel tinha a mesma cor e modelo do que o usado no crime, segundo imagens de câmera de segurança.

Tensão. Uma homenagem à Marielle numa roda de samba no bar Bip Bip, em Copacabana, zona sul do Rio, terminou em confusão na noite de anteontem. Um policial rodoviário federal se insurgiu contra a menção ao crime, feita por músicos e o dono do local. “E os 200 policiais mortos, como é que ficam?” O agente, segundo relatos, trocou tapas com clientes e exibiu uma arma na cintura. A PRF disse que vai apurar o caso.

Em missa anteontem, o padre Mario Miranda, de 81 anos, foi interrompi­do e xingado por dois homens ao citar o crime, em uma igreja de Ipanema.

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