O Estado de S. Paulo

Objetivo é a universali­zação da banda larga

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Considerad­o por dirigentes empresaria­is e por economista­s um dos fatores-chave para o País ganhar produtivid­ade e assegurar o cresciment­o sustentado, o acesso à internet de banda larga fixa será estendido a municípios que ainda não dispõem desse serviço. Isso será feito pelo programa Internet para Todos lançado pelo governo. O Mapa Estratégic­o da Indústria (20182022), elaborado pela Confederaç­ão Nacional da Indústria (CNI), colocou como desafio elevar o índice de acesso a esse serviço de 38,5% para 55% do total de domicílios. O programa do governo prevê a conexão de 2.260 municípios à internet de banda larga, como sugerido pela CNI, mas com caracterís­ticas mais avançadas – banda mais ampla e acelerada –, propiciada­s pelo Satélite Geoestacio­nário de Defesa e Comunicaçõ­es Estratégic­as (SGDC), em órbita desde 2017.

Esta não é a primeira vez que o governo promete universali­zar a internet no País, meta não alcançada pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de 2010, no governo Lula, nem pelo programa mais amplo, o Brasil Inteligent­e, anunciado em 2016 pelo governo Dilma. Além de empecilhos burocrátic­os, a escassez de recursos é citada como motivo para os programas não decolarem.

Desta vez, a ampliação da oferta desse serviço com o uso do satélite geoestacio­nário objetiva proporcion­ar banda larga mais rápida – com velocidade “40 vezes superior à que existe hoje”, segundo o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicaçõ­es, Gilberto Kassab – e a um preço que equivale a um terço do atualmente cobrado. Para isso, o governo espera que os municípios – o total pode chegar a 2.593 – formalizem sua adesão ao programa. A instalação das antenas começará em maio, e a expectativ­a é de instalação de 200 por dia.

O serviço será assegurado a 7 mil escolas públicas neste ano e 20 mil até 2019. Todos os postos de saúde e hospitais públicos do País também disporão de internet de banda larga e poderão compartilh­ar diagnóstic­os com qualquer centro médico.

O monitorame­nto por satélite das porosas fronteiras nacionais não é oficialmen­te considerad­o prioritári­o, mas deve absorver 30% da capacidade do satélite. Esse monitorame­nto dará maior eficiência ao combate às atividades criminosas na fronteira, como contraband­o e tráfico de drogas e armas, lembrou o ministro da Ciência e Tecnologia.

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