O Estado de S. Paulo

Santos empata de novo, mas se salva nos pênaltis

Time volta a ser deficiente no ataque, não marca no tempo normal e conta com a má pontaria do Botafogo para ir à semi

- João Prata

O Santos precisou dos pênaltis, e da incrível falta de pontaria dos jogadores do Botafogo, para chegar à semifinal do Campeonato Paulista. Depois de repetir ontem na Vila Belmiro o placar de 0 a 0 da partida de ida, disputada em Ribeirão Preto, a equipe se classifico­u ao fazer 3 a 1 nas penalidade­s. Gabriel Barbosa novamente passou em branco, pela quarta vez seguida.

Gabigol, porém, acabou abrindo o caminho para o trunfo santista ao converter o primeiro pênalti. Diogo Vitor e Arthur Gomes também marcaram para o Santos, enquanto Vitor Bueno e Lucas Veríssimo perderam. Para o Botafogo, Jheimy fez, mas Bruno Moraes, Dodô e Willian Oliveira isolaram a bola em suas cobranças.

Ontem, finalmente o técnico Jair Ventura finalmente conseguiu repetir a escalação. Foi a primeira vez desde que chegou ao clube, no início da temporada. Com a bola rolando, porém, o time alvinegro encontrou muita dificuldad­e para furar a retranca do Botafogo. O gramado encharcado pela forte chuva também contribuiu para que a partida fosse um festival de passes errados.

Jair preferiu destacar a classifica­ção. “Quero sempre vencer, mas se eu tivesse chegado hoje (ontem) desclassif­icado seria muito pior. O Santos conseguiu cumprir os compromiss­os. Pouco a pouco a gente está alcançando os objetivos’’, analisou.

Principal jogador do Santos, Gabriel Barbosa apareceu mais por seu comportame­nto do que pelo futebol. Ele gesticulav­a com os companheir­os de time porque a bola não chegava. Resmungava com os adversário­s, que o provocavam. E reclamava com o árbitro, que não estaria vendo as faltas cometidas nele.

Na etapa final, Gabigol teve a oportunida­de de marcar um golaço. Ele deixou dois adversário­s no chão ainda no campo de defesa, avançou até a área adversária, mas em vez de ir em direção ao gol foi para a disputa de bola com o zagueiro na linha de fundo, caiu e sorriu ironicamen­te para o árbitro, que mandou o jogo seguir. “Lutei bastante e centroavan­te não é só gol, também ajudei na marcação. Foi um jogo difícil e complicado, mas valeu pela vitória’’, disse.

Jair admitiu que o time não está jogando bem. “A excelência é difícil. O treinador é chato. Sou muito chato e cobro bastante. Acho que não vou conseguir deixar o time perfeito’’, afirmou. “Sempre vou querer mais. Nunca estarei satisfeito. A gente sempre pode melhorar.’’

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