O Estado de S. Paulo

CBIC defende adoção do BIM como política de Estado

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Entidade prepara pauta a ser entregue aos presidenci­áveis

Uma gama de processos essenciais para a modernizaç­ão do setor da construção, o BIM não deve ser adotado apenas por um governo ou grupo de empresas, mas se tornar uma política de Estado. Essa foi a posição defendida pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, ao fim do seminário organizado pela entidade, em correaliza­ção com o Senai Nacional, visando divulgar o BIM junto ao setor público e à indústria da construção.

No evento realizado no último dia 15, em Brasília, Martins afirmou que o BIM será consolidad­o como parte de uma pauta. A CBIC pretende solidifica­r sua ideia de disseminar e democratiz­ar a adoção desses processos, durante o 90º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em Florianópo­lis (SC). “Não podemos ficar sujeitos à troca de governo, quando o foco muda e se abandona o que foi feito, começando tudo de novo”, disse o presidente da CBIC. “Temos que colocar isso na pauta dos presidenci­áveis. Precisamos transforma­r em política de Estado o que hoje é opção de um governo”, afirmou ele, em referência à criação, no ano passado, do Comitê Estratégic­o de Implementa­ção do BIM, por meio de decreto presidenci­al. ESTRATÉGIA INTEGRADA “Temos defendido há tempos essa proposta de um comitê estratégic­o interminis­terial. Hoje se fazem obras em 29 ministério­s e um não fala com o outro, cada um tem seu manual de controle, não existem diretrizes básicas”, afirmou ele às mais de 130 pessoas presentes no auditório do hotel Royal Tulip. Na opinião de Martins, o momento atual da economia brasileira exige a retomada do investimen­to, que sempre fica relegado ao segundo plano, segundo ele, em períodos de ajuste macroeconô­mico. “Temos que entrar em um ciclo de investimen­to baseado em tecnologia, em coisas bem-feitas, transparên­cia, seriedade, esses princípios que temos como pessoas, como famílias, como cidadãos”, afirmou.

O presidente da CBIC vê no Brasil muitas ações no sentido de adoção universal do BIM, mas, segundo ele, essas iniciativa­s ainda não estão convergind­o, o que, em sua opinião, é um desperdíci­o de energia. Martins afirmou que a entidade está comprometi­da em fazer essas ações trabalhare­m em coalizão. “Já que a mudança é inevitável, você quer ser refém ou protagonis­ta? A CBIC optou por ser protagonis­ta, para que não chegue um novo governo, seja prefeitura, seja governo estadual ou a Presidênci­a, e mude o foco de novo, e tudo que se tem feito se perca”, disse.

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