Agora, Alemanha
Seleção supera Rússia (3 a 0) em Moscou e se prepara para reencontrar algozes da Copa de 2014, em Berlim, terça-feira. Rival só empata com Espanha
Brasil vence Rússia em amistoso e 3ª-feira pega alemães.
Brasil e Alemanha se enfrentam terça-feira em Berlim e ontem fizeram uma espécie de aquecimento para o primeiro encontro depois de quase quatro anos dos 7 a 1. E que aquecimento! Os alemães fizeram um jogaço com a Espanha, em Dusseldorf; os brasileiros desafiaram o frio quase congelante de Moscou para o amistoso proveitoso diante da Rússia, a anfitriã da próxima Copa.
O clássico entre os dois últimos campeões terminou empatado (1 a 1), mas foi eletrizante, cheio de alternativas e boas jogadas. Como a Espanha não deu importância ao fato de estar na casa do adversário, atacou bastante e, com isso, expôs um problema que normalmente não se observa nesta Alemanha: a dificuldade em se defender. Menos pelo esquema de jogo determinado pelo técnico Joachim Löw e mais por uma surpreendente deficiência dos jogadores do setor, sobretudo os zagueiros Boateng e Hummels, experientes, mas ontem bastante atrapalhados.
O sistema defensivo também foi problema para a seleção brasileira no amistoso contra a Rússia, apesar da confortável vitória por 3 a 0. É que o Brasil permitiu ao adversário armar vários contra-ataques, que poderiam ter estragado o primeiro jogo do ano da equipe de Tite, caso a equipe anfitriã fosse mais qualificada.
Menos mal que o principal objetivo do treinador brasileiro no amistoso foi alcançado, ainda que parcialmente. Contra a linha defensiva russa, formada por cinco jogadores, a seleção teve dificuldade no primeiro tempo. Mas quando avançou seus homens de meio de campo e “abriu” mais o campo lateralmente na etapa final, o time deslanchou, mesmo sem Neymar, machucado. O cansaço da Rússia, que afrouxou a marcação, contribuiu. Mas a iniciativa brasileira foi fator importante. Terça-feira, no jogo marcado para começar às 15h45, pelo horário de Brasília, a Alemanha deverá se defender com linha de quatro, e atacar com o restante, em bloco. Bom teste para o Brasil. Bom também para os beques de Tite.