Selic baixa faz produtor rural deixar crédito subsidiado
Com a Selic em 6,5% ao ano, o crédito rural está mudando no País. Produtores começaram a migrar dos empréstimos subsidiados pelo governo federal, com os juros fixados na média em 8,5%, para o dinheiro do mercado bancário, hoje mais atrativo. No início da safra, em julho de 2017, a Selic usada como base de captação para financiamentos estava em 10,25%. Ao longo dos meses, a taxa despencou.
Mercado. Juros dos financiamentos agrícolas subsidiados pelo governo foram fixados em 8,5%, quando a Selic estava em 10,25%, mas agora operações diretas com os bancos se tornaram mais atrativas e vêm ganhando espaço na carteira de crédito rural
A quedana taxa de juros( Selic),quecheg ou estase mana a 6,5% ao ano, vem provocando uma mudança no crédito rural no País. Parte dos produtores começa a migrar dos empréstimos subsidiados pelo governo federal – fixados, em média, em 8,5% ao ano – para financiamentos com juros de mercado dos bancos, que se tornaram mais atrativos.
No início da safra, em julho do ano passado, a Selic, usada como base para captação de recursos a serem emprestados, estava em 10,25% ao ano. Por isso, a taxa do crédito subsidiado foi fixada em 8,5%. Ao longo dos meses, porém, a taxa básica despencou para 6,5%, e os bancos começaram a oferecer crédito com juros mais competitivos. Desde julho, o volume de financiamentos com juros de mercado cresceu 54%, enquanto as operações com juro subsidiado subiram 2,6%. No total, o crédito rural ofertado avançou 10,6% no período, para R$ 107,554 bilhões, segundo dados do Banco Central.
Para os produtores, mesmo que o financiamento bancário tenha ames mata xaqueado crédito subsidiado, a operação vale apena, por causada facilidade maior em relação aos recursos oferecidos pelo governo .“A exigência de contratar projetos técnicos e assistência técnica como parte do porcentual do financiamento liberado são fatores que têm inibido a procura pelo crédito com juros controlados”, diz Fernanda Schwantes, assessora técnica da Comissão de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
O Banco do Brasil, principal operador de crédito rural do País, foi o maior responsável pela alta na tomada recursos por agricultores e pecuaristas com juros de mercado. O volume de crédito agropecuário contratado com juro livre no BB disparou 190,5% nos oito primeiros meses da safra 2017/2018, de R$ 2,859 bilhões para R$ 8,306 bilhões. A participação desse tipo de operação no volume total de crédito agrícola da instituição saltou de 7,19% para 16,54%.
Para Tarcísio Hübner, vicepresidente de Agronegócios do BB, além do impacto da queda da Selic nos juros para a captação e empréstimo dos bancos aos agropecuaristas, a alta no volume contratado com juro livre foi motivada também pela autorização para que recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) fossem utilizados nessas operações. “A mudança na regulamentação permitiu que parte das operações com LCA fosse destinada ao custeio, investimentos e estocagem.”
Para o superintendente de Agronegócios do Santander, Carlos Aguiar, ainda é esperado um aumento da demanda por crédito nos próximos três meses, até o final da atual safra. “Os produtores estão colhendo uma safra boa e o otimismo prevale cenose tor”, dis se.