O Estado de S. Paulo

Tite vê bom desempenho e Löw destaca ‘teste genial’

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O técnico Tite recorreu aos números para justificar sua satisfação com o desempenho do Brasil nos 3 a 0 de ontem, no amistoso com a Rússia. No jogo em que sua maior expectativ­a era sobre como o time iria se comportar diante de uma linha defensiva formada por cinco jogadores, exaltou as 24 finalizaçõ­es, 13 delas em direção em gol. “Quando você atinge esses números contra uma linha de cinco é um dado interessan­te de interpreta­ção do jogo. Mostra um volume de jogo que a posse de bola estabelece­u, que você acertou o gol, criou e concluiu”, disse o treinador. “Fico com essa certeza, essa alegria.”

Joachim Löw também ficou satisfeito com o rendimento da Alemanha diante da Espanha em Dusseldorf. Porque sua seleção aumentou a invencibil­idade para 22 jogos – 16 vitórias e seis empates desde julho de 2016 – e pela qualidade do adversário. “Foi um teste genial diante de um adversário que está a nossa altura. Corremos riscos, mas valeu a pena”, definiu o alemão.

O Brasil também correu riscos, em menor escala, apesar de o tranquilo placar de 3 a 0 construído no segundo tempo e também da ineficiênc­ia russa nas conclusões terem “mascarado” essa situação. Mas o fato é que a seleção proporcion­ou vários contra-ataques ao rival, como destacou Miranda, o autor do primeiro gol da equipe ao aproveitar rebote do bom goleiro em cabeçada de Thiago Silva.

Naquela altura do jogo, sete minutos do segundo tempo, o Brasil já estava conseguind­o corrigir um problema que impe- diu o time de superar a linha de cinco no primeiro tempo. Paulinho passou a jogar mais adiantado, fazendo suas conhecidas infiltraçõ­es. Coutinho também se aproximou mais do ataque. Willian e Douglas Costa ficaram um pouco mais aberto.

O espaço aumentou e o Brasil começou a criar chances em profusão. Até porque a Rússia cansou, e marcação afrouxou.

A facilidade com que a seleção chegava, os outros dois gols num intervalo em quatro minutos – Paulinho sofreu pênalti, convertido por Coutinho, e depois o volante fez o seu, ao concluir de cabeça excelente jogada de Willian – permitiu a Tite fazer várias alterações.

Mas, com a queda do nível técnico da partida, não devem ter sido conclusiva­s para fechar o grupo da Copa, embora ele também recorra ao comportame­nto dos jogadores nos treinos para fazer avaliações.

Löw também fez observaçõe­s. Colocou Goretzka, Sané e Gündokan, e viu a Espanha crescer e quase ganhar o jogo. “Mas pude tirar boas conclusões’’, garantiu, sem dar detalhes.

O alemão prevê outra grande partida na terça-feira. Pelo nível do Brasil. Tite também, até para afastar o peso daquele jogo da Copa de 2014. “A Alemanha nos venceu por 7 a 1, mas é uma etapa que passou. Estamos num período de construção e emocionalm­ente será importante”, disse o brasileiro.

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O melhor. Paulinho fez seu gol e ainda sofreu o pênalti
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Eficiente. Müller fez um golaço que evitou derrota alemã

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