O Estado de S. Paulo

Na estreia na Bolsa de Nova York, ações do Dropbox têm alta de 35%

Serviço de backup em nuvem teve bom desempenho devido ao apetite de investidor­es pelo setor de tecnologia

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As ações do serviço de backup em nuvem Dropbox dispararam em relação ao preço inicial determinad­o pela companhia em seu dia de estreia na bolsa de valores Nasdaq. O bom resultado é reflexo do apetite dos investidor­es, que correram para participar da maior oferta inicial de ações (IPO) de tecnologia desde a abertura de capital da Snap – dona do aplicativo Snapchat – no ano passado. As ações fecha- ram o pregão negociadas a US$ 28,48, com alta de 35,62% em relação a valor original.

As ações da empresa, que foram precificad­as em US$ 21 na quinta-feira, começaram a ser negociadas na Nasdaq por US$ 29 logo após a abertura do mercado. Pelo preço inicial das ações, o Dropbox atingiu um valor de mercado de US$ 12,67 bilhões, bem acima do valor estimado de US$ 10 bilhões, determinad­o na última rodada de investimen­tos da empresa.

Espera. A abertura de capital do Dropbox estava entre as mais esperadas do setor de tecnologia. A última empresa significat­iva do setor a fazer sua oferta inicial de ações foi a Snap, em março do ano passado, mas o desempenho da empresa no último ano desapontou os investidor­es: ontem, as ações do aplica-

tivo de compartilh­amento de fotos foram fecharam em US$ 16,36, abaixo do preço definido para o IPO, de US$ 17.

O desempenho do Dropbox é também um bom sinal para os próximos IPOs de tecnologia, como o aplicativo de streaming de música Spotify, que vai ocorrer na bolsa de valores de Nova York em 3 de abril.

“O Dropbox está abrindo capital no momento certo”, diz o professor de investimen­tos da Harvard Business School, Josh Learner. “A companhia tem uma história atraente para justificar sua necessidad­e de financiame­nto e a dinâmica do mercado de computação em nuvem é boa, embora também exista bastante competição.” História. A empresa, que tem 11 anos e mantém sua sede em São Francisco (EUA), começou como um serviço gratuito para compartilh­ar e armazenar fotos, músicas e outros arquivos pesados. Ela concorre diretament­e com empresas de tecnologia grandes, como Google, Microsoft e Amazon. Ela ainda precisa dar lucro, mas isso é algo comum para startups que investem alto para continuar crescendo. Contudo, como empresa pública, o Dropbox estará sob pressão para reduzir suas perdas. Em 2017, a companhia teve receita de US$ 1,11 bilhões em 2017, acima dos US$ 844,8 milhões no ano anterior. No ano passado, registrou prejuízo de US$ 210,2 milhões.

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DREW ANGERER/AFP Início. O presidente do Dropbox, Drew Houston, e seus convidados na estreia na Nasdaq
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