O Estado de S. Paulo

Pinacoteca de São Paulo abre quatro novas pequenas mostras

Duas exposições, uma intervençã­o e uma obra audiovisua­l se juntam à exibição do acervo permanente do museu

- Pedro Rocha ESPECIAL PARA O ESTADO

Nos quatro cantos, literalmen­te, da Pinacoteca do Estado de São Paulo, começam a ser exibidas neste sábado, 24, pequenas novas mostras. As exposições ficam em salas anexas à exibição do acervo permanente, no segundo andar, e englobam quadros, peças coloniais, um vídeo e ainda uma intervençã­o.

Na sala A, inaugura-se Arte colonial na coleção da Fundação Nemirovsky, em que são expostas peças coletadas pelo casal José e Paulina Nemirovsky que hoje fa- zem parte do acervo da Pinacoteca por comodata. “As salas são usadas para exposições temporária­s, que conversem com o acervo”, explica ao Estado Valeria Piccoli, curadora-chefe da Pinacoteca e responsáve­l pela mostra. A coleção reúne obras não apenas brasileira­s, mas também da América Espanhola.

Aproveitan­do a extensa coleção Nemirovsky, o museu resolveu apostar numa exposição in- dividual, José Antonio da Silva: nasci errado e estou certo, que reúne 13 obras do artista, morto em 1996, na sala D. “É uma exposição modesta, mas, ao mesmo tempo, abrangente”, avalia o curador José Augusto Ribeiro. As obras, que retratam, em parte, a vida no interior paulista, não por acaso estão ao lado da sala em que são expostas pinturas de Almeida Júnior, como O Violeiro.

Na sala C, a artista Ana Dias Batista faz uma obra sonora, Chão Comum. Na sala vazia, os visitantes ouvem o som de passos gravados na própria Pinacoteca. “É uma marca da Pinacoteca e é algo da arquitetur­a que puxa você para fora da neutralida­de que o museu propõe”, explica a artista. Na sala ao lado, 7, ela faz uma intervençã­o, e leva ao nível do chão todas as pinturas, com tapetes espalhados para facilitar a observação dos quadros. Para completar o trabalho, na entrada da sala C, a artista vai deixar réplicas dos sapatos vistos nos dois quadros ao lado, ambos também de Almeida Júnior, Saudade e A Família de Antônio Augusto Pinto.

Na última das exposições, na sala B, a exibição do vídeo Vera Cruz (2000), em que Rosângela Rennó propõe uma releitura da carta de Pero Vaz de Caminha.

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AMANDA PEROBELLI/ESTADÃO Intervençã­o. Proposta de Ana Dias Batista deixa obras da Pinacoteca próximas ao chão

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