Candidatura de Temer inicia guerra por apoio
Opresidente Michel Temer vai buscar o apoio para sua candidatura em partidos que hoje conversam com os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL), Rodrigo Maia (DEM) e Flávio Rocha. A expectativa é de que o PP desista de Maia; o PR, de compor a chapa com Bolsonaro, e o PRB, de dar legenda ao dono da Riachuelo, caso o nome dele não decole. Em resposta, os adversários têm mandado recados ao Planalto. Na Câmara há 26 pedidos de impeachment contra Temer que podem tramitar a qualquer momento a depender da vontade política da Casa.
» Jogo de varetas. Quem não quer perder apoio também argumenta que trocar expectativa de poder por um ministério é um mau negócio. Pela lei eleitoral, os ministros terão a caneta esvaziada a partir de julho, quando ficam proibidos de liberar recursos.
» Meu nome é Enéas. Para ampliar seu tempo de propaganda eleitoral de dez segundos para cerca de quatro minutos, Jair Bolsonaro já aceita que o PR, partido que pode dar seu vice, feche alianças estaduais com siglas adversárias, como PT, PDT, PSB e PSDB, antes vetadas na sua aliança.
» Onda vermelha. Os adversários de Fátima Bezerra (PT) ao governo do Rio Grande do Norte perguntaram em pesquisas internas por que os eleitores votam nela. Justificativa de 90%: Ela é a candidata do Lula. A petista lidera pesquisas de intenção de votos no RN.
» Passagem de bastão. Os gabinetes dos ministros Luiz Fux e Rosa Weber já iniciaram as conversas sobre a transição na presidência do TSE. Fux deixará a Corte em 15 de agosto – coincidentemente o mesmo dia do prazo final para o registro de candidaturas.
» Vende tudo. João Amoedo (Novo) começa a decolar de São Paulo e defendeu, ontem, um choque de privatização incluindo Petrobras, BB e CEF em evento da Fiern (Federação das Indústrias do RN), numa bandeira impensável para as eleições passadas.
» Na onda. Michel Temer adotou o hábito de fumar charuto nas conversas noturnas com aliados. Foi influenciado pelo ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
» Agora é oficial. O governador Fernando Pimentel (PT) lança sua candidatura à reeleição dia 9. Ele costurou para que o vice seja o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, do MDB.
» Só profissa. Com esse movimento, Pimentel conseguiu isolar o atual vice, Toninho Andrade (MDB). Os dois romperam depois que Toninho se aliou à oposição para derrubá-lo.
» Procura outro. A aliança PT-MDB em Minas deixa Temer sem palanque no segundo maior colégio eleitoral do País, atrás de SP. » Com a palabra. Márcio França não comentou.
» Voo solo. O MDB vai lançar João Santana, ex-ministro de Lula, para o governo da Bahia. DEM e PSDB não querem aliança com o partido de Geddel Vieira Lima, preso com R$ 51 milhões.
» Sem caixa. O PRTB, de Levy Fidelix, nega que esteja oferecendo recursos do fundo eleitoral em troca de filiação ou que tenha R$ 8 milhões em caixa para isso. “O partido não faz cooptação de políticos mediante oferta financeira”, afirma.
COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABORARAM ELIANTE CANTANHÊDE E RAFAEL MORAES MOURA