Associações de imprensa repudiam casos de violência
Entidades da imprensa classificaram como “atentado à liberdade de expressão” e pediram a punição do responsável pela agressão ao repórter Sérgio Roxo, do jornal O Globo. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) citou outros casos recentes de violência contra jornalistas durante a caravana de Lula pelo Sul do País.
Na sexta-feira passada, a repórter Débora Ely foi agredida verbalmente por manifestantes anti-PT em Passo Fundo (RS), ao se identificar como jornalista. No dia seguinte, a fotojornalista freelancer Isadora Stentzler foi atingida nos olhos por um jato de spray de pimenta lançado por um policial militar enquanto cobria protestos contra Lula em Chapecó (SC). Segundo ela, depois de se recuperar, foi ameaçada por outro policial. Antes, Isadora foi agredida por manifestantes anti-PT: um deles a empurrou e outro, atirou ovos. O fotógrafo Carlos Rafael de Souza também foi atingido por ovos, segundo a Abraji. “O uso de violência contra jornalistas atenta diretamente contra a liberdade de expressão – a mesma que garante a realização de protestos e de comícios políticos”, diz o texto.
A Associação Nacional dos Jornalistas (ANJ), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) também se manifestaram contra a agressão ao repórter de O Globo.