‘Não sou o candidato do mercado financeiro,’ afirma João Amoêdo
Pré-candidato a presidente pelo Novo, João Amoêdo rejeita o rótulo de “candidato do mercado financeiro”. Com passagem pelo Unibanco e ItaúBBA e tendo o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco como formulador de seu plano de governo, Amoêdo diz que a mudança não virá de grupos empresariais.
O sr. é considerado “o candidato do mercado”...
Se o mercado é visto como um grupo de cidadãos que querem liberdade, se o mercado é identificado como um grupo de indivíduos, acho muito boa (essa referência). Se o mercado é identificado como segmento de atuação, específico da economia, não acho que seja verdadeiro. Nosso propósito é ajudar a população.
Para FHC, o nome do mercado vai perder a eleição. Concorda? Não sei muito o que ele quer dizer com candidato do mercado, se é do mercado financeiro, se é do mercado de imóveis. Eu concordo que vai perder se é do mercado de algum plano. Mas, se é o candidato do cidadão, aí eu discordo, porque do candidato do governo a gente já está cansado. O candidato do governo, do Estado, do status quo, não é o que a gente quer. A gente quer o candidato da população.
O sr. é colocado no mesmo campo de Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e Geraldo Alckmin. Há diferenças?
Várias. Eles vêm do sistema, sempre viveram ou viverão às custas do Estado. Eu sempre estive do outro lado da mesa, pagando o salário deles e a constatação é que estou cansado de pagar o salário dessa turma.