O Estado de S. Paulo

Candidatur­as de centro tiram palanque de Alckmin

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Acandidatu­ra de Flávio Rocha (PRB) ao Planalto preocupa os aliados do tucano Geraldo Alckmin. O empresário é mais um que entra na disputa pelos eleitores do centro, somando-se a Rodrigo Maia (DEM) e Michel Temer ou Henrique Meirelles, do MDB. Um rouba eleitor do outro e nenhum deles tira votos de Lula. Em conversas reservadas, tucanos admitem que Alckmin está ficando emparedado e poderá ter dificuldad­es em formar alianças. Até agora, ele garantiu o PTB e o PPS, que o tinha como plano B. O PPS queria mesmo lançar Luciano Huck.

» Tem de bater meta. Para evitar a desconfian­ça do partido sobre sua capacidade eleitoral, tucanos dizem que Alckmin terá de chegar a 15% nas pesquisas de intenção de voto até agosto, período que antecede o registro da candidatur­a.

» Dúvida. Alckmin ganhou de aliados o apelido de “candidato Tostines”. A pergunta que fazem é: Ele não consegue apoio pela baixa pontuação nas pesquisas ou ele não decolou porque não conseguiu apoio?

» (In)direta. Ao saber que o MDB agendou para o dia 3 de abril a filiação do ministro Henrique Meirelles ao partido, Gilmar Mendes brincou com o ministro Moreira Franco. “Parece que o Rodrigo Maia tem razão quando diz que vocês adoram prejudicar aqueles que os ajudam”, disse.

» Manda outro. Por causa do ato de filiação, Meirelles teve de mandar substituto para evento em Portugal organizado por Gilmar. Ele abriria as palestras no mesmo dia 3. A data foi escolhida por cair um dia antes do julgamento do HC do expresiden­te Lula pelo STF.

» Troca-troca. Os registros oficiais da Câmara mostram que 42 deputados já oficializa­ram a troca de partido desde a abertura da janela partidária, no início do mês. O MDB perdeu seis deputados, o maior índice de migração.

» Atrativo. O partido de Temer, que disputa a reeleição, só atraiu até agora o deputado Beto Mansur (SP). As bancadas do PSL e do DEM foram as que mais receberam deputados. A primeira por influência do candidato Jair Bolsonaro. O DEM, do presidenci­ável, Rodrigo Maia, seis.

» Proteção extra. A equipe do ex-presidente Lula não descarta que ele comece a usar coletes à prova de balas em eventos públicos.

» Em análise. Ex-ministro de Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho alega que todos estão muito apreensivo­s. “Isso vai ter de ser pensado com calma porque a segurança dele nos preocupa muito”, diz o petista.

» Culpados. Carvalho esteve com Temer ontem. “Esse gatilho dessas balas foi apertado por muita gente que criminaliz­ou e ridiculari­zou o Lula”, afirma. » Reitero. Barroso diz que “continua achando a mesma coisa” da obra de Gilmar, a quem chamou recentemen­te de “horrível com pitadas de psicopatia”.

» Amizade retomada. Moreira Franco disse, em evento em Alagoas, segunda, que Renan Calheiros foi o melhor presidente do Senado. Renan já chamou Temer de “líder de facção”.

» Amigos? O diretor-geral da PF, Rogério Galloro, deu o primeiro pedaço do bolo de aniversári­o da PF, completado ontem, para a procurador­a Raquel Dodge.

COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA

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REPRODUÇAÕ -TV JUSTIÇA CLICK. Em entrevista à TV Justiça, o ministro do STF Luís Roberto Barroso já se referiu a livro do colega Gilmar Mendes como “grandes símbolos para minha geração”.

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