Presidenciáveis condenam ataque à caravana petista
Michel Temer afirma, no entanto, que clima do ‘nós contra eles’ cria ‘instabilidade’; para Meirelles, episódio é ‘inadmissível numa democracia’
Pré-candidatos à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (PSD), Manuela D’Ávila (PCdoB), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL) e Rodrigo Maia (DEM) condenaram ontem os ataques à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Sul do País. Anteontem, dois ônibus que levavam parte da equipe do petista foram atingidos por tiros no Paraná. Ninguém se feriu.
O presidente Michel Temer condenou o ataque, mas disse em entrevista à rádio BandNews de Vitória que o clima do “nós contra eles” (criado pelo PT) “pode criar um clima de instabilidade no País”.
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em uma democracia as divergências políticas devem ser resolvidas nas eleições. “O que aconteceu ontem (anteontem) no Paraná foi um atentado contra a liberdade de expressão de um líder político e isso é inadmissível numa democracia”, disse.
Os dois ônibus da caravana de Lula foram atingidos por tiros na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior paranaense.
Já o governador Geraldo Alckmin, disse que “toda forma de violência deve ser condenada”. Anteontem, no entanto, o tucano havia adotado um discurso menos conciliatório (mais informações nesta página).
‘Afronta’. A ex-ministra Marina Silva repudiou o episódio. “O uso da violência com motivações políticas é uma afronta ao regime democrático”, disse a presidenciável. Pré-candidato do DEM, Rodrigo Maia também se manifestou no Twitter. “É gravíssimo o que aconteceu, não apenas o ataque a tiros con- tra o ônibus, que foi o ponto final de alguns dias de absurdos, uma tentativa de inviabilizar a mobilização do ex-presidente”, disse o presidente da Câmara.
Ciro Gomes classificou de “barbárie” os disparos contra a caravana. “Isso é um ato de barbárie que só pode ser reagido com uma providência: severa e veloz punição dos culpados.”
“Transformemos o ato de hoje (ontem), em Curitiba, num grande ato de resistência ao fascismo e ao ódio”, declarou Manuela D’Ávila, que esteve na caravana na capital paranaense. Boulos também foi a Curitiba. “Os fascistas ultrapassaram qualquer limite. É momento de unidade democrática. Com fascismo não se brinca”, disse ele.