Ciberataque deixa Atlanta refém de hackers
Desde o dia 22, população não paga contas, Wi-Fi do aeroporto foi suspenso e polícia está registrando ocorrências à caneta
Atlanta, a nona região metropolitana mais populosa dos EUA, que tem o aeroporto mais movimentado do país, está parcialmente paralisada desde o dia 22 em razão de um ciberataque. Os computadores e servidores municipais foram vítimas de um ransomware que deixou os 8 mil funcionários da prefeitura sem e-mail, os tribunais inope- rantes e a população sem poder pagar contas.
O ransomware é um sequestro. O crime ocorre quando hackers invadem os sistemas e criptografam os dados. Em seguida, eles exigem o pagamento de um resgate para restabelecer o acesso aos usuários. Para evitar que sejam identificados, os bandidos pedem que o pagamento seja feito em criptomoeda, porque é muito difícil de rastrear.
Em Atlanta, os criminosos pedem US$ 51 mil em bitcoins para desbloquear os computadores do município. A prefeita Keisha Lance Bottoms reclamou que a cidade está “refém” de criminosos, após uma sema- na de serviços indisponíveis: os cidadãos não podem pagar a contas de luz, multas de trânsito, o Wi-Fi do aeroporto foi suspenso, a polícia está registrando boletins de ocorrência à caneta e os tribunais não emitem mais nenhum tipo de decisão.
Hackers.C oma ajuda federal, investigadores responsabilizaram um grupo de hackers conhecido como SamSam, que já faturou US$ 1 milhão em 30 ações do tipo apenas este ano. Os alvos são hospitais, prefeituras, departamentos de polícia e universidades, vítimas cujo custo de US$ 50 mil de resgate é ínfimo perto do prejuízo de ficar sem sistema por uma semana. Ninguém sabe, no entanto, de onde são os hackers ou quantos são.