O Estado de S. Paulo

Suíça congela milhões de dólares de cúpula chavista

- Jamil Chade CORRESPOND­ENTE / GENEBRA

O governo da Suíça congelou ontem milhões de dólares em ativos da cúpula chavista e aplicou sanções contra aliados do governo de Nicolás Maduro. Os valores bloqueados não foram revelados, mas os suíços detectaram nos últimos meses mais de US$ 100 milhões em contas secretas mantidas por venezuelan­os suspeitos de corrupção. Também foi proibida a exportação de determinad­as tecnologia­s e produtos de ponta para a Venezuela.

A intenção do governo suíço é apertar ainda mais o cerco contra os chavistas e fechar todos os acessos a créditos ou contas que eles possam ter mantido. Um dos alvos das sanções da Suíça é Néstor Luis Reverol Torres, ministro do Interior e “responsáve­l por sérias violações de direitos humanos e repressão”.

Também foi afetado Gustavo Enrique González López, chefe de Inteligênc­ia da Venezuela e responsáve­l por detenções arbitrária­s, torturas e repressão de opositores. Tibisay Lucena Ramírez, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, também foi alvo de sanções por ter tomado medidas para “minar a democracia”.

Maikel José Moreno Pérez, presidente do Tribunal Supremo de Justiça, é acusado de “apoiar e facilitar” medidas do governo que tendem a afetar a democracia e “usurpar a autoridade da Assembleia Nacional”.

Até o procurador-geral do país, Tarek William Saab, foi alvo das sanções, acusado de trabalhar “contra a democracia” ao agir para reprimir opositores do governo venezuelan­o. Por fim, Diosdado Cabello, aliadochav­e de Maduro, é acusado de violações dos direitos humanos por ameaçar membros da oposição.

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