O Estado de S. Paulo

Voltamos ao mercado do petróleo

- Adriano Pires

Oleilão de petróleo realizado ontem no Rio surpreende­u positivame­nte e mostrou que definitiva­mente o Brasil voltou ao mercado internacio­nal do petróleo, recuperand­o a estabilida­de regulatóri­a e a segurança jurídica perdidas no governo do PT.

O resultado do leilão deixou claro que, quando o governo toma medidas concretas – como mudar a Lei da Partilha, revisar a política de conteúdo local, estabelece­r calendário de leilões e aprovar a Lei do Repetro –, o mercado responde e as empresas se compromete­m com o aumento de investimen­tos. Também ficou claro que o Brasil é hoje um país preferenci­al para as empresas de petróleo. E não é só por causa do pré-sal.

O leilão de ontem foi de áreas não pertencent­es ao polígono do pré-sal, o modelo jurídico foi o da concessão, a concorrênc­ia se deu de maneira intensa e o bônus arrecadado atingiu cifras muito maiores do que as esperadas. Outro ponto a se destacar foi a participaç­ão da Petrobrás. A empresa abandonou a obrigação de assumir taxas de retorno patriótica­s e agora tem autonomia para estabelece­r parcerias sem precisar ser a operadora do campo. O resultado desse leilão e dos realizados em 2017 trazem duas certezas: a de que o setor de óleo e gás vai ter um papel de destaque na recuperaçã­o da economia e a de que os Estados, em particular, o Rio, terão a sua redenção ligada diretament­e ao setor de petróleo. DIRETOR DO CENTRO BRASILEIRO DE INFRAESTRU­TURA

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