O Estado de S. Paulo

Coronel alega não ter ‘saúde’ para depor

- J.A. e F.M.

A Polícia Federal adiou o depoimento do coronel reformado João Baptista Lima Filho, preso na Operação Skala por suspeita de ligação com esquema de propinas no porto de Santos. Sua defesa alegou que ele “não tem condições físicas, nem psicológic­as de depor”.

“No momento, não está em condições de prestar depoimento por recomendaç­ões médicas, sem prejuízo de prestar futuros esclarecim­entos quando apresentar melhora do seu quadro clínico. A sua situação de saúde tem sido reiteradam­ente informada para as autoridade­s”, afirmou o advogado Cristiano Benzota.

O coronel tem conseguido adiar nos últimos nove meses as tentativas da PF de ouvi-lo no inquérito que apura supostas irregulari­dades na edição de decreto para o setor portuário. Segundo a investigaç­ão, sua empresa, a Argeplan, teria recebido recursos de empresas interessad­as na edição do decreto e distribuíd­o valores para os demais investigad­os.

Pela manhã, a mulher do coronel, Maria Rita Fratezi, também esteve na PF em São Paulo. Arquiteta, ela é investigad­a por obra em casa da filha do presidente Michel Temer. Segundo Benzota, Maria Rita negou a existência de irregulari­dades.

O coronel, de 74 anos, foi preso na quinta-feira. Alegando mal estar, foi levado primeiro para o Hospital Albert Einstein, onde ficou até o início da noite, quando teve alta e foi transferid­o para a sede da Polícia Federal em São Paulo./

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