Países islâmicos condenam reação israelense
Vários países da região condenaram ontem a violenta repressão de Israel contra uma manifestação na Faixa de Gaza. O governo do Egito, que também bloqueada sua fronteira com a Faixa de Gaza, condenou o uso excessivo de força e pediu a ambas as partes que mantenham moderação.
A Jordânia criticou o “uso de força excessiva contra palestinos desarmados” e advertiu que isso pode alimentar “o extremismo e a violência na região”. A Turquia também condenou a violência. “Israel deveria interromper imediatamente o uso da força”, disse Ibrahim Kalin, porta-voz do governo.
Em uma reunião de emergência convocada a pedido do Kuwait, o Conselho de Segurança da ONU manifestou o temor de que a situação se deteriore nos próximos dias e pediu a Israel que só use da “força letal” em último caso. A ONU já havia alertado que a Faixa de Gaza está à beira do colapso econômico e de serviços em razão do bloqueio que já dura mais de uma década. O desemprego entre os 2 mil moradores do enclave é de 50%. Centenas de crianças estavam com os pais no protesto. Os organizadores montaram grandes tendas a 700 metros da fronteira e prometeram comida e água grátis para manter a presença de centenas de pessoas até o dia 15, quando os palestinos lembram a “nakba” (catástrofe), que marca o início da desapropriação e o exílio de palestinos após a criação do Estado de Israel, em 1948.