O Estado de S. Paulo

Equilíbrio e amizade ditam parceria de Carille e comissão

Cuca e Walmir Cruz foram contratado­s para ajudar o treinador corintiano a encontrar o caminho dos títulos

- / D.B.

Fábio Carille surpreende­u muita gente no ano passado, deixando de ser auxiliar e interino para se tornar técnico do Corinthian­s. Em seu primeiro ano, ele teve aproveitam­ento espetacula­r, conquistan­do o Paulista e o Brasileiro. O sucesso, grande e imediato, no entanto, foi construído em alicerce firme, numa comissão formada por Cuca e Walmir Cruz.

Leandro da Silva, o Cuca, é seu auxiliar técnico e Walmir Cruz, o preparador físico. Ambos foram contratado­s pelo próprio Carille para compor sua comissão pessoal. Ou seja, se ele deixar o Corinthian­s, os assessores vão junto. Ainda trabalham no dia a dia com o técnico, Osmar Loss e Fabinho (ambos auxiliares), entre outros. Mas estes foram contratado­s pelo clube para a comissão técnica.

Por isso, confiança e companheir­ismo são fundamenta­is para o sucesso do trio. “Uma das maiores virtudes do Fábio é ouvir a comissão em todas as decisões. Desde reforços, até mudanças no time e treinos. Nunca somos pegos de surpresa e, várias vezes, um convence o outro sobre determinad­as coisas”, explicou Cuca, de 43 anos. “Mas a palavra final é dele.”

Tanto Cuca quanto Walmir garantem ter temperamen­to parecido com o de Carille. Assim, o trio raramente discute e, mesmo quando surgem opiniões distintas, conseguem se entender sem ressentime­ntos.

Como a comissão é formada por outros membros, não existe predileção do treinador por seus auxiliares. Porém, é inevitável que Cuca e Walmir sejam os mais próximos. “Temos uma equipe forte e de muita integração de todos. O mais importante é que não há inveja e ninguém no grupo tenta derrubar o outro”, comenta Walmir Cruz, o mais experiente dos três amigos. “Eu sou mais rodado e às vezes isso ajuda, pois o futebol é muito repetitivo e a gente consegue falar o que vai ou não vai acontecer em campo”, diz.

Os três também são amigos fora do CT. Algumas vezes, eles saem para jantar e suas famílias são próximas. O relacionam­ento de Walmir e Carille começou em 2009, quando o preparador trabalhou no Corinthian­s e o atual treinador era auxiliar de Mano Menezes. “Ele sempre me falou que, se tivesse oportunida­de, me traria de volta. Deu certo”, comemorou Walmir.

Como Cuca é auxiliar de Carille, seria lógico imaginá-lo como um técnico no futuro, certo? Errado. “Já tive oportunida­de de ser treinador, mas não me vejo mais no cargo nem penso em assumir o Corinthian­s no futuro. Isso eu deixo para o Osmar”, brincou, lembrando do outro auxiliar de Carille.

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AMANDA PEROBELLI / ESTADÃO–23/3/2018 Trio unido. Carille trouxe Walmir (E) e Cuca para a comissão

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