Intermédica e Hapvida disputam investidores
Embora tenham modelos de negócios muito parecidos, as operadoras de saúde NotreDame Intermédica e Hapvida não têm sido analisadas em pé de igualdade pelos investidores. Ambas programam realizar suas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) em abril e estão em conversas preliminares com investidores. Até aqui, Hapvida tem sido considerada mais atrativa, levando em conta os preços que começaram a ser colocados na mesa. As duas estão sendo ofertadas com os mesmos múltiplos (cálculo utilizado para se determinar o valor da empresa), mas investidores observam que a Hapvida obteve um lucro de R$ 650,6 milhões no ano passado (uma margem de 21,4%), ao passo que o da Notredame foi de R$ 393,6 milhões (margem de 13,4%).
» Nem tão iguais. As duas operadoras são donas são donas de hospitais e clínicas próprias. Apesar disso, há uma diferença no tamanho da rede. Estratégica para reduzir os custos das operadoras com procedimentos médicos e elevar a rentabilidade, a rede própria é mais representativa na Hapvida. A empresa diz que sua rede própria foi responsável no ano de 2017 por 96% das internações e 85% dos exames laboratoriais. Na Intermédica, cerca de 50% dos custos da companhia e 60% do volume de atendimentos ocorrem dentro da rede própria. As companhias não comentaram.
» Ex-X. A International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, deve emprestar até US$ 355,6 milhões para um projeto de energia no Porto de Açu, que pertence à Prumo Logística e localizado em São João da Barra (RJ). O investimento total dos projetos na região soma US$ 1,2 bilhão e prevê a construção de uma termelétrica a gás que deve gerar 1,298 mil megawatts (MW), além de outras obras. A Prumo é controlada pelo fundo americano EIG, que mês passado realizou um leilão na bolsa para fechar o capital.
» Sociedade. A IFC, além do empréstimo, vai também virar sócia do projeto, por meio de um aporte em ações de até US$ 38 milhões. Já o empréstimo de até US$ 355,6 milhões é dividido em duas partes, um crédito de US$ 250 milhões e outro sindicalizado de US$ 105,6 milhões, que prevê a participação de bancos internacionais e será destinado especificamente para a construção da primeira usina, a UTE GNA I.
» Conectados. Não foi à toa que o passo mais recente da Amazon no e-commerce de alimentos foi dado na França. A gigante da venda online firmou lá uma parceria com o Casino, que no Brasil controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA). Segundo estudo da consultoria Mintel, os franceses são o segundo povo europeu que mais avançou nesse modelo de negócios, atrás apenas do Reino Unido. Lá, o porcentual de pessoas que já comprou alimentos e produtos de supermercado online dobrou em quatro anos, saindo de 7% em 2012 para 14% em 2016.
» Acerto. Pequenas e médias empresas aproveitaram o início do ano para acertarem seus débitos com o Fisco, segundo dados da Equipo Gestão, especializada em gestão de contratos e terceiros. Em janeiro e fevereiro deste ano, das 29 mil empresas cadastradas no sistema da companhia, 29,1% estavam com problemas de pagamentos de impostos, sendo que no mesmo período de 2017 esse índice era de 40,5%.
» Tempos Modernos. Os Conselhos de Administração no Brasil não estão preparados para orientar as empresas sobre os riscos cibernéticos, mostra pesquisa feita pela 62ª Mesa de Debates do ACI Institute, da KPMG, que teve participação de 123 executivos. Os dados mostraram que 80% dos consultados não se sentiam seguros em relação ao aconselhamento do "board" sobre esse tema, em um momento em que a exposição das companhias a ataques dessa natureza é crescente.
» Aqueceu. O Bradesco encerrou fevereiro com R$ 1 bilhão de financiamentos de crédito imobiliário, um aumento de 55% em relação ao mesmo mês de 2017. O montante respondeu por 29% do total liberado pelo mercado no período, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Do total operado pelo banco, cerca de 70% foram destinados a operações com pessoas físicas. O Bradesco credita esse aumento à demanda habitacional reprimida, recuperação da economia e avanços tecnológicos.