Pré-candidatos ressaltam combate à impunidade
Alckmin diz ser ‘lamentável’ ver a decretação de prisão de um ex-presidente; Bolsonaro comemora, enquanto Ciro Gomes afirma ‘não ver Justiça’ no pedido
A maioria dos pré-candidatos a Presidência da República lamentou a ordem de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva. Três deles ressaltaram a importância do fato para o combate à impunidade no País, enquanto um – o deputado Jair Bolsonaro (PSLPR), comemorou. À esquerda, os candidatos declararam apoio à Lula.
Um dos primeiros a se manifestar foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, précandidato do PSDB Pelo Twitter, o tucano afirmou que era “lamentável ver a decretação da prisão de um ex-presidente. “Mas tenho a convicção de que isso simboliza uma importante mudança que vem ocorrendo no Brasil: o fim da impunidade. A lei é para todos.”
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que aqueles que têm responsabilidade pública não podem celebrar a ordem de prisão do ex-presidente expedida pelo juiz federal Sérgio Moro.
Para Maia, a condenação respeitou o direito de defesa. “A decisão decorreu de um processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário”, disse o presidenciável do DEM. O deputado disse ainda que qualquer manifestação sobre a prisão do petista deverá respeitar a ordem institucional.
O pré-candidato do Podemos, o senador pelo Paraná Álvaro Dias afirmou que é “lastimável” ver um ex-presidente ser conduzido à prisão, mas considerou a decisão um “avanço” para o País. “A impunidade perdeu; o Estado de direito prevaleceu. As leis estão governando os homens nesse momento e estamos caminhando para a inauguração de uma nova Justiça no Brasil. É assim que se constrói uma grande nação.” No mesmo sentido, o pré-candidato do PRB, o empresário Flávio Rocha: “Isso consolida a primeira fase da luta contra a corrupção, que é acabar com a impunidade. Essa luta, porém, não acaba aí.” Bolsonaro publicou um sinal de positivo no Twitter seguido de “boa noite”.
Esquerda. Entre os pré-candidatos da esquerda, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) afirmou que estava “acompanhando com muita tristeza” o que estava acontecendo com Lula. “Parte importante do País na qual me incluo, não consegue ver justiça, muito menos equilíbrio em um providência tão amarga, enquanto
remanescem intocados notórios corruptos do PSDB.”
O pré-candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, disse que os movimentos sociais não vão assistir “passivamente” à prisão (mais informações na
página A11). Ele convocou a militância para se reunir em São Bernardo do Campo, cidade do petista. “Não vamos assistir passivamente, haverá resistência democrática.” Boulos e a pré-candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, foram a São Bernardo. Ela escreveu no Twitter: “Seguimos juntos, Lula!O Brasil vale a luta!”
Ex-petista, a pré-candidata à Presidência Marina Silva (Rede) classificou como “acontecimento triste” o pedido de prisão de Lula. Ela, no entanto, defendeu que as leis devem ser aplicadas “igualmente para todos”.
Isso simboliza uma importante mudança que vem ocorrendo no Brasil: o fim da impunidade.”
Geraldo Alckmin
PRÉ-CANDIDATO DO PSDB
“Não vamos assistir passivamente, haverá resistência democrática.”
Guilherme Boulos
PRÉ-CANDIDATO DO PSOL
“Consolida a primeira fase da luta contra a corrupção.”
Flávio Rocha
PRÉ-CANDIDATO DO PRB