O Estado de S. Paulo

Pré-candidatos ressaltam combate à impunidade

Alckmin diz ser ‘lamentável’ ver a decretação de prisão de um ex-presidente; Bolsonaro comemora, enquanto Ciro Gomes afirma ‘não ver Justiça’ no pedido

- ISADORA PERON, PEDRO VENCESLAU, JULIA LINDNER E RENAN TRUFFI, IGOR GADELLHA e DAIENE CARDOSO

A maioria dos pré-candidatos a Presidênci­a da República lamentou a ordem de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva. Três deles ressaltara­m a importânci­a do fato para o combate à impunidade no País, enquanto um – o deputado Jair Bolsonaro (PSLPR), comemorou. À esquerda, os candidatos declararam apoio à Lula.

Um dos primeiros a se manifestar foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, précandida­to do PSDB Pelo Twitter, o tucano afirmou que era “lamentável ver a decretação da prisão de um ex-presidente. “Mas tenho a convicção de que isso simboliza uma importante mudança que vem ocorrendo no Brasil: o fim da impunidade. A lei é para todos.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que aqueles que têm responsabi­lidade pública não podem celebrar a ordem de prisão do ex-presidente expedida pelo juiz federal Sérgio Moro.

Para Maia, a condenação respeitou o direito de defesa. “A decisão decorreu de um processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário”, disse o presidenci­ável do DEM. O deputado disse ainda que qualquer manifestaç­ão sobre a prisão do petista deverá respeitar a ordem institucio­nal.

O pré-candidato do Podemos, o senador pelo Paraná Álvaro Dias afirmou que é “lastimável” ver um ex-presidente ser conduzido à prisão, mas considerou a decisão um “avanço” para o País. “A impunidade perdeu; o Estado de direito prevaleceu. As leis estão governando os homens nesse momento e estamos caminhando para a inauguraçã­o de uma nova Justiça no Brasil. É assim que se constrói uma grande nação.” No mesmo sentido, o pré-candidato do PRB, o empresário Flávio Rocha: “Isso consolida a primeira fase da luta contra a corrupção, que é acabar com a impunidade. Essa luta, porém, não acaba aí.” Bolsonaro publicou um sinal de positivo no Twitter seguido de “boa noite”.

Esquerda. Entre os pré-candidatos da esquerda, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) afirmou que estava “acompanhan­do com muita tristeza” o que estava acontecend­o com Lula. “Parte importante do País na qual me incluo, não consegue ver justiça, muito menos equilíbrio em um providênci­a tão amarga, enquanto

remanescem intocados notórios corruptos do PSDB.”

O pré-candidato do PSOL à Presidênci­a, Guilherme Boulos, disse que os movimentos sociais não vão assistir “passivamen­te” à prisão (mais informaçõe­s na

página A11). Ele convocou a militância para se reunir em São Bernardo do Campo, cidade do petista. “Não vamos assistir passivamen­te, haverá resistênci­a democrátic­a.” Boulos e a pré-candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, foram a São Bernardo. Ela escreveu no Twitter: “Seguimos juntos, Lula!O Brasil vale a luta!”

Ex-petista, a pré-candidata à Presidênci­a Marina Silva (Rede) classifico­u como “acontecime­nto triste” o pedido de prisão de Lula. Ela, no entanto, defendeu que as leis devem ser aplicadas “igualmente para todos”.

Isso simboliza uma importante mudança que vem ocorrendo no Brasil: o fim da impunidade.”

Geraldo Alckmin

PRÉ-CANDIDATO DO PSDB

“Não vamos assistir passivamen­te, haverá resistênci­a democrátic­a.”

Guilherme Boulos

PRÉ-CANDIDATO DO PSOL

“Consolida a primeira fase da luta contra a corrupção.”

Flávio Rocha

PRÉ-CANDIDATO DO PRB

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RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS Histórico. ‘Sinaliza o fim da impunidade’, afirma Alckmin

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