Transplante de medula óssea
A medula óssea se localiza na região no interior dos ossos onde é produzido o sangue. Esse tecido líquido-gelatinoso dá origem às hemácias (glóbulos vermelhos), aos leucócitos (glóbulos brancos) e às plaquetas que compõem nosso sangue. De modo geral, as hemácias têm o papel de transportar o oxigênio e o gás carbônico entre os pulmões e as células do organismo, enquanto os leucócitos são agentes de defesa do corpo. As plaquetas participam da coagulação sanguínea. O desequilíbrio nesse processo produz as chamadas “doenças do sangue”, campo de responsabilidade da hematologia. Entre esses distúrbios estão anemias, alterações na coagulação ou níveis de plaquetas e também linfomas ou leucemias. Essas doenças podem ser tratadas com quimioterapia ou por meio do transplante de medula óssea (TMO), que consiste na substituição de uma medula óssea doente por células em bom funcionamento.
O Hospital Leforte foi a instituição privada que realizou o maior número de TMOs no Estado de São Paulo no período de janeiro a setembro de 2016, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes de Órgãos, com 57 cirurgias. Em 2017, o número aumentou para 70. O fator que ainda dificulta a realização do procedimento é a falta de doador compatível – estima-se que as chances de encontrá-lo são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média. “Estamos buscando alternativas, como os tratamentos mais avançados de imunoterapia, para aumentar as chances de cura para os pacientes”, explica o Dr. Rodrigo Santucci.