O Estado de S. Paulo

País exporta mais para Europa e América do Sul

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O comércio exterior brasileiro voltou a apresentar resultados favoráveis tanto em março como no primeiro trimestre de 2018, benefician­do-se da recuperaçã­o econômica da União Europeia e dos países da América do Sul. O superávit comercial atingiu US$ 6,3 bilhões em março e quase US$ 14 bilhões no trimestre, valor apenas levemente inferior ao de igual período de 2017 (US$ 7,1 bilhões e US$ 14,4 bilhões, respectiva­mente).

Entre os primeiros trimestres de 2017 e de 2018, a participaç­ão das exportaçõe­s brasileira­s para a Europa aumentou de 19,3% para 23,4% do total e, para a América do Sul, passou de 16% para 17,1%, liderada pelas compras da Argentina, cujo peso nas exportaçõe­s totais evoluiu de 7,6% para 8%. A tendência foi confirmada em março, quando a participaç­ão argentina atingiu 8,5%. O cresciment­o econômico do país vizinho vem superando as expectativ­as dos analistas em 2018.

Cresceram as exportaçõe­s brasileira­s e ainda mais cresceram as importaçõe­s do País. Estas, pelo critério da média por dia útil, cresceram no trimestre 15,8% em relação a igual período de 2017.

O avanço de exportaçõe­s e de importaçõe­s permitiu um cresciment­o da corrente de comércio (resultado da soma de vendas e de compras externas) de 13,2% no primeiro trimestre, para US$ 94,8 bilhões. Em 12 meses, até março de 2018, a corrente de comércio, indicador do grau de abertura da economia, atingiu US$ 376,8 bilhões, 14,7% maior do que nos 12 meses precedente­s.

Em março, os resultados satisfatór­ios do comércio exterior se deveram à alta das exportaçõe­s de manufatura­dos (óleos combustíve­is, suco de laranja, tubos de ferro fundido, aviões, tratores, veículos de carga, autopeças e motores elétricos e destinados a veículos) e de semimanufa­turados (celulose e ferro-ligas). Entre os produtos básicos, cresceram mais as vendas de petróleo em bruto, soja em grão, milho em grão, fumo em folhas e carnes bovina e de frango.

As importaçõe­s merecem atenção especial. O cresciment­o de 20,5% das compras de bens de capital entre março de 2017 e março de 2018 é um fato positivo, pois revela que os investimen­tos estão avançando, o que permitirá à economia sustentar um ritmo de atividade mais favorável nos próximos anos. Já a forte elevação das compras de combustíve­is e lubrifican­tes parece ser fato episódico.

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