O Estado de S. Paulo

Tensão leva dólar a maior valor em quase um ano

Moeda dos EUA fechou cotada a R$ 3,3630 por conta da tensão política no País e da guerra comercial entre EUA e China; principais bolsas globais caíram

- Paula Dias Simone Cavalcanti Mateus Fagundes

O aumento da incerteza política após a decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, somado aos desdobrame­ntos da disputa comercial entre EUA e China, fez o dólar fechar na maior cotação ante o real desde maio do ano passado, aos R$ 3,3630, subindo 0,67% no dia. Na semana, a alta foi de 1,81%. A moeda americana se valorizou em relação às moedas emergentes, mas caiu ante outras moedas fortes, em meio à aversão global ao risco.

O cenário político local e a tensão comercial também azedaram o humor da Bolsa doméstica durante todo o dia de ontem. No entanto, perto do final da sessão, o ritmo de queda arrefeceu e o índice à vista não só recuperou como se firmou no patamar dos 84 mil pontos. Assim, o índice à vista fechou em queda de 0,46%, aos 84.820,42 pontos. Na semana, o Ibovespa recuou 0,64%.

Os mercados acionários americanos voltaram a apresentar forte queda, à medida que investidor­es voltaram a considerar mais forte a possibilid­ade de uma guerra comercial entre EUA e China.

Novas medidas comerciais anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, contra produtos chineses e a fala de integrante­s do governo dos Estados Unidos sobre as medidas deram base para as quedas.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 2,34%, aos 23.932,76 pontos; o S&P 500 recuou 2,19%, aos 2.604,47 pontos; e o Nasdaq cedeu 2,28%, aos 6.915,11 pontos. Na semana, o Dow Jones apresentou alta de 0,21%.

Também por conta da disputa comercial, as principais bolsas europeias fecharam em baixa. Em Frankfurt, por exemplo, o índice DAX 30 perdeu 0,52%.

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