O Estado de S. Paulo

Operação contra milícia no Rio prende 140

- Constança Rezende

Na maior operação do gênero até hoje contra uma milícia, a Polícia Civil do Rio prendeu pelo menos 140 pessoas e apreendeu 7 menores, na madrugada de ontem,em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil, pelo menos 25 fuzis e 15 pistolas foram apreendido­s com o bando.

A operação foi realizada por equipes da Delegacia de Homicídios da Baixada, da Coordenado­ria de Recursos Especiais e de delegacias distritais.

De acordo com a Polícia, os detidos participav­am de u ma festa no Sítio Três Irmãos, na Rua Fernanda, em Santa Cruz. O local seria utilizado co mo quartel da milícia. No local, foram encontrada­s pulseiras vips, ingressos numerados e copos personaliz­ados do evento.

A Operação Medusa foi desencadea­da após dois anos de investigaç­ão. Os suspeitos são apontados como integrante­s da quadrilha de Wellington da Silva Braga, conhecido co mo Ecko. Ele conseguiu fugir. Wellington é considerad­o pela polícia como um dos maiores chefes de milícia no Rio. A quadrilha, formada por policiais e bombeiros, cobra pelo fornecimen­to de gás, sinal de televisão e transporte alternativ­o.

Os detidos foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, zona norte do Rio. Por causa do grande número de presos, foi preciso utilizar dois ônibus para fazer o transporte dos detidos até a cidade da polícia.

Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, comemorou a ação e disse que a sociedade pode confiar na intervençã­o federal. “A operação foi um duro golpe nesse grupo que mata as pessoas sem razão e vêm expandindo seus domínios pela Baixada Fluminense”, disse.

Fogo. Depois da operação, criminosos atearam fogo na estação do BRT Cesarão 3, que fica na região. A ação aconteceu por volta das 5h20 e o serviço no corredor Transoeste teve de ser interrompi­do.

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MISTER SHADOW/ASI

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