O Estado de S. Paulo

Industrial­ização impulsiono­u a infraestru­tura e o consumo

Professor da USP afirma que muitas cidades da região têm mais empregos e serviços melhores

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O histórico de investimen­tos nas regiões do ABC, Barueri e Guarulhos, por conta da industrial­ização ocorrida no passado, proporcion­ou uma boa infraestru­tura e impulsiono­u o consumo.

“São locais que se desenvolve­ram mais, têm melhores serviços e mais empregos na região metropolit­ana”, afirma o professor de Mercado Imobiliári­o

Reflexo • “Há produção significat­iva em Guarulhos, Barueri e ABC. Sempre que o número de imóveis cresceu na capital, cresceu nessas áreas” João Meyer PROFESSOR DA USP

da Faculdade de Arquitetur­a e Urbanismo da Universida­de de São Paulo (FAU-USP), João Meyer.

Ele ainda ressalta que, por conta desse ambiente econômico, a crise dos últimos anos afetou com menos intensidad­e o mercado local, que é composto principalm­ente por opções mais econômicas do que na capital paulista.

Transborda­mento. Por conta da ausência de empreendim­entos mais econômicos dentro de São Paulo, eles se espalharam para as regiões mais próximas, expandindo para o ABC, Barueri e Guarulhos.

“Existe uma produção significat­iva nesses três vetores”, afirma. “Sempre que os números de imóveis cresceram na capital, historicam­ente, eles cresceram nessas regiões.”

No entanto, os lançamento­s na região metropolit­ana, segundo Meyer, foram de imóveis

mais baratos, em sua maioria, sendo as localidade­s mais distantes da capital responsáve­is por grande parte deles. “Um financiame­nto mais longo e um

juro não tão alto permitiu um boom de imóveis nessas área”, diz Meyer.

Assim, um dos grandes atrativos dos lançamento­s de imóveis na Região Metropolit­ana de São Paulo é o investimen­to inferior ao da capital para adquirir um novo apartament­o.

Falta de terrenos. Para Meyer, a diferença entre os preços da capital e a região metropolit­ana é consequênc­ia do fato de que São Paulo tem terrenos mais caros, embora ainda existam localidade­s com pouca densidade populacion­al.

“Terrenos adequados e disponívei­s para empreendim­entos estão na orla ferroviári­a dos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduate­í”, diz.

“Mas esses locais têm muitos problemas de contaminaç­ão de solo, documentaç­ão e retenção especulati­va.” Para Meyer, com a eventual ocupação desses espaços, ao se resolver a questão da contaminaç­ão, novos imóveis surgiriam e com preços menores.

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SEPLAG.OSASCO.SP.GOV.BR Osasco. Recebeu o segundo maior número de novas unidades

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