Planalto afirma que acusação é ‘requentada’
A Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou ontem, por meio de nota, que as atribuições do coronel João Baptista Lima Filho em campanhas do presidente Michel Temer “sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e correção”. “Essa velha acusação volta a ser requentada hoje pelas autoridades sem que haja provas reais”, diz o texto da secretaria.
Na nota, o Palácio do Planalto afirma que os “depoimentos continuam repletos de contradições e incoerências”. “Inclusive com relação a outras delações já homologadas pela Justiça, sem que se façam as confrontações”, afirma o comunicado.
Também por meio de nota, o advogado José Luis Oliveira Lima disse que a denúncia apresentada contra o ex-assessor do Planalto José Yunes “não encontra respaldo em prova alguma”. “Inicialmente, o Ministério Público Federal arrolou José Yunes como testemunha de acusação e sem qualquer fato novo ou justificativa aditou a inicial”, afirmou. “Advogado com mais de 50 anos de atuação, jamais recebeu qualquer valor ilícito da empresa Odebrecht ou de outra empresa.” O advogado disse ainda que a “defesa tem tranquilidade que durante o processo ficará demonstrado de maneira clara a total improcedência da acusação”.
Procurada, a defesa do coronel Lima não havia respondido aos contatos da reportagem até a conclusão desta edição.
O advogado Bruno Espiñeira afirmou que Lúcio Funaro segue colaborando com a Justiça e respeitando integralmente o acordo celebrado. A defesa de Rodrigo Rocha Loures disse que não teve acesso à denúncia, mas afirmou que seu cliente não cometeu crime.
A defesa de Henrique Eduardo Alves disse que ele provará sua inocência. A reportagem também entrou em contato com as defesas de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Loures, mas não obteve resposta.