Não tomar gol
Aagenda da nova equipe econômica no final de mandato será não tomar gol. Faltando menos de nove meses para o fim do governo, Eduardo Guardia, o novo ministro da Fazenda, vai jogar mais na zaga do que no ataque, tentando barrar as agendas negativas que crescem exponencialmente em período eleitoral. O ataque contras as contas publicas vai continuar e será forte. O grande esforço será não deixar avançar a agenda negativa.
A escolha da secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, é mais uma sinal de que a Fazenda atuará na defensiva para evitar uma piora no ajuste fiscal na reta final do governo. Nesse início, a primeira vitória foi a de reunificar a equipe que estava desgastada com o processo longo de decisão do ex-ministro Henrique Meirelles deixar o cargo, que fragilizou o time. Por ora, todos ficam.
Guardia sinalizou diálogo com o Congresso para acelerar a privatização da Eletrobrás e anunciou o envio ao Congresso da proposta de reforma do PIS/Cofins com a “novidade” de ir junto com reformulação e simplificação do ICMS. Mesmo que não haja uma mudança mais profunda nas regras tributárias e na alíquota interestadual, as duas propostas são vistas pelo agentes econômicos como missão impossível.
Essa foi a percepção à primeira manifestação pública do novo ministro, que logo na largada teve que lidar com o mal-estar provocado pela sua ausência e dos seus secretários na cerimônia de transmissão de cargo de Esteves Colnago no Ministério do Planejamento.
O ocorrido foi justificado como um erro de comunicação de convites e que há sintonia com o Planejamento.