O Estado de S. Paulo

Não tomar gol

- Adriana Fernandes

Aagenda da nova equipe econômica no final de mandato será não tomar gol. Faltando menos de nove meses para o fim do governo, Eduardo Guardia, o novo ministro da Fazenda, vai jogar mais na zaga do que no ataque, tentando barrar as agendas negativas que crescem exponencia­lmente em período eleitoral. O ataque contras as contas publicas vai continuar e será forte. O grande esforço será não deixar avançar a agenda negativa.

A escolha da secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, é mais uma sinal de que a Fazenda atuará na defensiva para evitar uma piora no ajuste fiscal na reta final do governo. Nesse início, a primeira vitória foi a de reunificar a equipe que estava desgastada com o processo longo de decisão do ex-ministro Henrique Meirelles deixar o cargo, que fragilizou o time. Por ora, todos ficam.

Guardia sinalizou diálogo com o Congresso para acelerar a privatizaç­ão da Eletrobrás e anunciou o envio ao Congresso da proposta de reforma do PIS/Cofins com a “novidade” de ir junto com reformulaç­ão e simplifica­ção do ICMS. Mesmo que não haja uma mudança mais profunda nas regras tributária­s e na alíquota interestad­ual, as duas propostas são vistas pelo agentes econômicos como missão impossível.

Essa foi a percepção à primeira manifestaç­ão pública do novo ministro, que logo na largada teve que lidar com o mal-estar provocado pela sua ausência e dos seus secretário­s na cerimônia de transmissã­o de cargo de Esteves Colnago no Ministério do Planejamen­to.

O ocorrido foi justificad­o como um erro de comunicaçã­o de convites e que há sintonia com o Planejamen­to.

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