Produção em mínima escala
O único pé de Marisa Ono – produtora, cozinheira e alquimista –, plantado há seis anos em Ibiúna, começou a dar frutos no ano passado. E os limões, estimados em R$ 3, são disputados. Os de Gilberto Hiromoto, de Marília, maiores, saíram a R$ 5. Hiromoto cultiva café, aspargo, raiz de lótus, entre outros, e plantou 10 mudas de yuzu há três anos, por enxerto – a partir da semente a árvore leva 18 anos para frutificar. Os cinco pés de Luis Yano, em Mogi das Cruzes, foram plantados a partir de sementes trazidas do Japão há 40 anos pela avó.
Mudas são difíceis de achar, mas a Ciprest, em Limeira, vende (R$ 38, tel. 19 99601-7665). As 40 mudas de Teruo Masuda, de Piedade, foram enxertadas em pé de limão-cravo. Há pelo menos dez anos ele vende sua pasta de casca ralada e sal – até há pouco, era encontrada na Adega do Sakê, na Liberdade, que mudou de endereço. A loja instalada no mesmo local, Ise Ship, manteve a pasta (160g sai a R$ 80, tel. 3209-3332), usada por vários chefs.
Flávio Miyamura vai servir em breve no Extásia um macarrão frio com peixe, algas e essa pasta de yuzu. Daniel Hirata (Hirá Izakaya) já a usa nas ostras à milanesa e no pastrami de língua. Jun Sakamoto, que costumava ganhar yuzu do pé que Tomie Ohtake mantinha em casa, já comprou a pasta algumas vezes.