Estrangeiros de olho no potencial brasileiro
Executivos de grandes grupos falam sobre a necessidade de conhecer o mercado do País, mas preveem oportunidades
Representantes de investidores estrangeiros que estiveram no Summit Imobiliário 2018, apesar de sua experiência em diferentes empresas, demonstraram ter uma posição em comum sobre o Brasil: é necessário conhecer como funciona o País para investir. Mas que, vencendo essa barreira, há uma boa perspectiva para quem está disposto a colocar dinheiro no setor de Real Estate.
“O Brasil tem um potencial imenso, o Real Estate no País sempre foi algo que chamou muita atenção do público em geral. Os investidores estiveram sempre presentes”, disse o presidente da Brookfield Properties Brazil, Roberto Perroni.
“Um grupo como a Fosun olha para o Brasil e enxerga essa semelhança de uma economia muito grande, emergente, mudando seu padrão de consumo. Esses desafios aqui no Brasil, suas particularidades são semelhantes a outras economias emergentes. Esse é um mercado de que a Fosun gosta. Não é por acaso que decidimos priorizar o Brasil”, explicou o líder da operação do Fosun na América Latina, o português Diogo Castro e Silva sobre o grupo chinês.
Já o CEO da JLL no Brasil, Fábio Maceira ressaltou que, apesar das particularidades, o Brasil é um investimento interessante e que tem atraído a atenção até de quem não historicamente coloca dinheiro no País: “O Brasil oferece retorno, mesmo no setor imobiliário. Então estamos atrás desse retorno acima da média mundial. Os japoneses, por exemplo, estão curiosos e vindo atrás de oportunidades de investimento.”
“O investidor a longo prazo olha para o que está acontecendo e pensa: isso aqui para o rentista ainda vai ser o paraíso”, ressalta o vice-presidente da CBRE Brasil, Adriano Sartori. “Não tem mais como produzir em São Paulo um prédio bem localizado. Entregar um edifício de 760 mil metros quadrados na Avenida Faria Lima é impossível. Precisamos entender onde estamos e para onde vamos. ”/