Subsecretário diz que Trump vai demiti-lo
O subsecretário de Justiça dos EUA, Rod Rosenstein, tem afirmado, em conversas privadas com amigos e parentes, que está preparado para ser demitido pelo presidente americano, Donald Trump. Rosenstein é o superior imediato do procurador especial Robert Mueller, que investiga a interferência russa nas eleições de 2016 e um possível conluio entre russos e a campanha republicana.
O secretário de Justiça, Jeff Sessions, seria o responsável pela investigação. No entanto, por ter participado da campanha eleitoral, ele se afastou do caso, alegando conflito de interesses, deixando Rosenstein no comando.
Na semana passada, diversas fontes relataram a jornais que Trump estaria considerando demitir Rosenstein para minar o trabalho de Mueller. A gota d’água teria sido a autorização dada pelo subsecretário para a operação de busca e apreensão feita em três imóveis de Michael Cohen, advogado pessoal do presidente.
O nível de preocupação com o destino de Rosenstein é tão significativo que, em 24 horas, pelo menos 100 ex-funcionários de carreira do Departamento de Justiça organizaram uma declaração dizendo ao Congresso que “esteja pronto para agir”.
Panos quentes. A demissão facilitaria o caminho para Trump também demitir Robert Mueller. Rosenstein já afirmou que recusaria qualquer ordem para demiti-lo se ele não acreditar que houve má conduta nas investigações do procurador especial.
Por si só, a remoção de Rosenstein – ou de Mueller – não impediria que os agentes que trabalham para eles continuassem a investigar esses casos. Mas Trump poderia assim indicar alguém mais leal para o cargo e limitar o avanço das investigações.