O Estado de S. Paulo

MAN USA APENAS 30% DA CAPACIDADE

Maior parte dos caminhões é para exportação

- Cleide Silva

Nos bons tempos, como define o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, a fábrica de Resende (RJ) chegou a produzir 83 mil caminhões e ônibus. Era 2011 e a unidade operava em três turnos de trabalho, os funcionári­os faziam horas extras e férias coletivas foram suspensas.

Depois, veio a crise econômica, demissões e jornadas reduzidas. Em 2016 foram feitos 19,3 mil veículos. No ano passado, com a melhora do mercado e as exportaçõe­s em alta, a produção atingiu 26 mil veículos em um turno de trabalho. “Usamos apenas 30% de nossa capacidade”, diz Cortes. Mesma situação tem toda a indústria de veículos pesados, depois que as vendas caíram de 203 mil unidades em 2011 para pouco menos de 60 mil em 2016.

No ano passado, com o início da recuperaçã­o, o setor vendeu 61,9 mil veículos, das quais 16,3 mil da MAN, dona da marca Volkswagen. Para este ano, a empresa prevê produção de 30 mil veículos, boa parte também para o mercado externo.

Os 3,5 mil funcionári­os do complexo que inclui empresas de autopeças estão fazendo uma hora extra diária e trabalhand­o aos sábados. “Se o mercado melhorar ainda mais e a produção chegar a 35 mil unidades, teremos de reabrir um segundo turno e talvez contratar mais funcionári­os”, diz Cortes, que já abriu 300 novas vagas neste ano. “Sentimos que a recuperaçã­o veio para ficar”, afirma o executivo. “Clientes que costumavam trocar a frota a cada dois ou três anos, mas não compram há quatro ou cinco anos por causa da crise agora estão voltando.”

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MALAGRINE ESTÚDIO Expectativ­a. Neste ano, a MAN deve fabricar 30 mil veículos; em 2017, foram 26 mil

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