O Estado de S. Paulo

Bilionário planeja oferta para salvar a Toys ‘R’ Us

Após criar ‘crowdfundi­ng’ para ajudar a rede de brinquedos, presidente da MGA, Isaac Larian, afirma que fará proposta de US$ 900 milhões por parte da empresa

- INTERNACIO­NAIS / AGÊNCIAS

Há quase um mês, um executivo bilionário do setor de brinquedos pediu ao mundo que ajudasse a rede de brinquedos Toys ‘R’ Us, que está em processo de falência desde o ano passado, ao lançar uma campanha de crowdfundi­ng com uma meta de US $ 1 bilhão. Para ganhar impulso, ele e outros investidor­es aportaram US$ 200 milhões para comprar parte da varejista.

Vinte e dois dias e 1.955 doadores depois, a missão de resgate está muito aquém da meta. Mas Isaac Larian, presidente da gigante MGA Entertainm­ent, fabricante de brinquedos, ainda não se intimidou.

Ontem, Larian disse que planeja submeter ao tribunal de falência dos Estados Unidos uma oferta de US $ 675 milhões para comprar 274 lojas Toys ‘R’ Us no país. Muito desse dinheiro virá do próprio Larian, mas também de outros investidor­es e de bancos. O executivo planeja apresentar ainda uma oferta de US $ 215 milhões para 82 lojas canadenses, com a ajuda de outros investidor­es.

“Se tivermos sucesso, acho que até quatro anos vamos trazer de volta a Toys ‘R’ Us à sua glória”, disse Larian ao The

Washington Post. A empresa de Larian criou fenômenos de venda como as bonecas Bratz, L.O.L. e Little Tikes.

O executivo afirmou que nunca pensou que a campanha de crowdfundi­ng atingiria os 10 dígitos. Mas disse ter ficado satisfeito com a demonstraç­ão de apoio dos partidário­s da Toys ‘R’ Us em todo o mundo.

A empresa entrou com pedido de concordata em setembro do ano passado, na esperança de eliminar dívidas e reverter prejuízos, mas depois de vendas ruins durante o Natal do ano passado, optou pela falência.

Uma paralisaçã­o completa da rede seria um duro golpe para os fabricante­s de brinquedos, como a MGA, já que a Toys “R” Us era a maior varejista do país. Também poderia custar dezenas de milhares empregos. No mês passado, a empresa afirmou que tinha cerca de 30 mil funcionári­os trabalhand­o nas lojas que planeja fechar até o final do ano.

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THOMAS SIMONETTI/THE NEW YORK TIMES Dificuldad­es. Rede entrou com pedido de falência em 2017

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