TRÊS PERGUNTAS PARA...
1.
Qual é sua opinião sobre a nova determinação da Conmebol obrigando os times a terem equipes femininas?
Há tempos que lutamos pelo futebol feminino, e isso nunca aconteceu naturalmente, de os clubes terem interesse. Então achei legal, porque, se fosse partir naturalmente deles, não iria acontecer. Espero que possam manter também. Não é só montar para a Libertadores e, depois, desfazer o time. Que eles vejam que o futebol feminino tem futuro, atletas com talento, e eles possam abraçar a causa de verdade.
2.
Por outro lado, há uma certa frustração por ser preciso impor aos clubes algo que poderia ser natural? Não chega a ser uma frustração até porque já estamos muito acostumadas a lidar com essas dificuldades no País. Fiquei feliz porque só assim para os clubes terem iniciativa. A gente fica triste por ter de ser obrigado. Infelizmente, se não vai por bem, vai por mal.
3.
O que notou de evolução na modalidade desde que começou a carreira? Ainda tem muito o que melhorar. O futebol por aqui continua engatinhando, estamos muito longe ainda de outros países já estabelecidos no esporte. O Santos é um dos melhores clubes do futebol feminino. Tem visibilidade, um bom salário, boa estrutura, carteira assinada. Eu não tenho do que reclamar, mas já passei por outros clubes em que tudo foi bem difícil.