O Estado de S. Paulo

Dobra o número de hóspedes da empresa no Brasil.

Em 2017, 2,2 milhões usaram serviço, contra 1 milhão em 2016, brasileiro­s são maioria

- Bruno Capelas

O serviço de hospedagem alternativ­a Airbnb está crescendo no Brasil: segundo dados revelados pela empresa com exclusivid­ade ao ‘Estado’ hoje, 2,2 milhões de pessoas se hospedaram em acomodaçõe­s oferecidas por meio da plataforma da startup no País em 2017 – um cresciment­o de 120% na comparação com 2016.

O número se destaca quando se leva em consideraç­ão o fato de que, há dois anos, o País recebeu os Jogos Olímpicos – e com eles, um número consideráv­el de turistas estrangeir­os. Segundo Chris Lehane, diretor global de política e comunicaçã­o do Airbnb, os Jogos Olímpicos serviram para populariza­r o serviço pelo Brasil. De acordo com a empresa, mais da metade dos hóspedes no País no ano passado eram brasileiro­s.

“Sabemos que o Brasil tem tido altos e baixos na economia, mas a classe média emergente quer gastar seus recursos em viagem e o Airbnb é uma forma econômica de fazer isso”, diz o executivo. Hoje, o País concentra pouco mais de um quarto das reservas na América Latina – ao todo, a região recebeu 9 milhões de hóspedes no ano passado, 120% a mais que em 2016.

Capilariza­ção. Outro destaque da empresa no ano passado no País é o cresciment­o acima da média nacional de destinos como São Sebastião, Porto Alegre e Recife, por exemplo. “Uma das grandes vantagens do Airbnb é que ele permite a diversidad­e geográfica: onde houver uma casa, poderá haver um hóspede nosso ali”, diz ele, que acredita na importânci­a do efeito boca a boca para o cresciment­o da empresa no País – hoje, mais da metade das reservas feitas no País são feitas a partir de uma recomendaç­ão de família ou de amigos.

Um dos fatores que ajudaram a populariza­ção do Airbnb no Brasil no ano passado é o de que a plataforma tem absorvido uma prática bastante comum no País: a de aluguel de casas de temporada – na praia ou no campo.

Isso se mostra na distribuiç­ão de tipos de anúncio da empresa no País: hoje, 71% das ofertas disponívei­s na plataforma no Brasil são de casas ou apartament­os inteiros, contra 27% de quartos privativos e 3% de quartos compartilh­ados. “Nos centros urbanos, é mais comum encontrar quartos, porque as pessoas oferecem o lugar onde moram; em cidades de praia, a maioria das ofertas será para casas inteiras”, explica Lehane.

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JAVIER CAAMAÑO/EFE Boca a boca. Para Lehane, experiênci­a positiva com Jogos Olímpicos do Rio fez os brasileiro­s aprenderem a usar o Airbnb
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