O Estado de S. Paulo

Conforto à moda asiática

No pequeno Kyokuto, restaurant­e que acaba de abrir em Pinheiros, o cardápio enxuto só tem pratos caseiros do outro lado do mundo: são receitas populares entre as famílias no Japão e na Coreia, servidas em pratos, tigelas e panelas

- Patrícia Ferraz

A ideia que sustenta o Kyokuto é simples: oferecer comida caseira com sotaque asiático. Recém-inaugurado em Pinheiros, o restaurant­e está instalado de maneira simpática, em uma sala separada da cozinha apenas por um amplo balcão. Pratos, cumbucas e panelinhas importadas da Coreia e do Japão completam a decoração.

O restaurant­e é a primeira empreitada de Rafael Dalla, de 32 anos, formado em gastronomi­a pelo Senac. As influência­s culinárias do dono da casa chegam a ser divertidas. Ele é sergipano, filho de uma gaúcha com um capixaba e cresceu em Sergipe na churrascar­ia do avô gaúcho. E de onde veio a atração pela cozinha asiática? Dos desenhos animados japoneses.

“Eu gostava muito de animes e nas histórias sempre tinha comida, geralmente lámen, mas também cumbucas com arroz e fiquei com isso na cabeça”, conta o chef, que teve o primeiro contato com a cozinha coreana quando se mudou para São Paulo para fazer o curso Cozinheiro Chef Internacio­nal, no Senac. O curso é dado na unidade da Aclimação, pertinho da Liberdade, uma coisa leva à outra e Rafael foi conhecendo os restaurant­es por ali, começando pelo Portal da Coreia, onde provou a culinária coreana.

Quando resolveu abrir seu restaurant­e, batizou a casa com a palavra japonesa que designa “Extremo Oriente”. Por enquanto, há pratos do Japão e da Coreia, mas já há receitas chinesas em teste e no verão a ideia é incluir também as cozinhas thai e vietnamita. Rafael diz que pretende manter os pratos fiéis aos originais, evitando adaptações. O que está em cartaz já vale a visita. Para começar, korokke, uns croquetes cremosos, de carne ou cogumelo, crocantes e sequinhos, servidos em pares (R$ 9). Tem também barriga de porco cozida, entre outras entradas. Os principais vão do tonkatsu, a copa lombo empanada em farinha panko e frita, servida com salada, arroz e missô. Do Japão, tem ainda gyudon, uma cumbuca de arroz com fatias de carne e legumes cozidos, servidos com ovo por cima(R$ 25); e kare, o curry de estilo japonês.

Da Coreia, o kimchi bokkeumbap vem em porção individual, o arroz frito, com pedaços de lombo, kimchi, cebolinha, acelga e por cima um ovo frito com a gema mole. Puro conforto (R$ 25). Outra boa pedida é o japchae, massa de fio feita com batata-doce, com julienne de cenoura, cogumelos e pimentões refogados, gergelim e um molho levemente agridoce com shoyu, que vale cada garfada. Pode ser servido frio ou quente (R$ 20).

Outra boa notícia? Os preços – pelo menos nessa fase inicial. Entradas vão de R$ 7 a R$ 12, e pratos principais, de R$ 20 a R$ 30. Na sobremesa tem chiffon cake e um pudim de matchá (R$ 12). Para beber, cerveja, chás e soda italiana, mas a carta está sendo completada.

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FOTOS: NILTON FUKUDA/ESTADÃO
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Estilo. Fachada do restaurant­e e o dono da casa, Rafael Dalla; no detalhe, o gyudon, com carne e legumes

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