O Estado de S. Paulo

Em águas mágicas

O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DE DISNEY CRUISE LINE

- Murilo Busolin / MIAMI

É longo o dia de trabalho do Mickey. E suas habilidade­s, múltiplas. Todas as noites, ele dá plantão nos restaurant­es para abraçar e tirar fotos com os hóspedes. Também será visto na praia, vestindo bermudão, fazendo as honras da casa. Tudo isso depois de acordar cedo: afinal, é ele mesmo o comandante do Disney Magic, o navio de 877 cabines, para até 2.450 pessoas no qual embarquei em março para um cruzeiro de cinco noites pelas águas do Caribe.

Mas não faltam assistente­s estrelados ao onipresent­e comandante Mickey. Rapunzel, personagem principal do filme Enrolados, acaba de virar dona de restaurant­e no navio – o Rapunzel’s Royal Table foi inaugurado em março. Heróis do universo Marvel também são figurinhas frequentes pelos deques – o badalado Pantera Negra entre eles. Todos com a mesma missão: entreter os hóspedes.

Como eu não fiz um cruzeiro antes? Esta pergunta, me fiz ao fim do período, quando já estava muito mal acostumado com tanta mordomia, atenção e com a facilidade de curtir férias sem ter de pensar em nada a não ser em me divertir e relaxar. E, ainda por cima, cercado de personagen­s que remetem à infância, mas com atrativos também para adultos com ou sem filhos, em família ou entre amigos, com o vô e a vó. Sim, o cruzeiro Disney é para todo mundo que esteja disposto a entrar no clima.

A Disney tem quatro navios – além do Magic, no qual naveguei, Dream, Fantasy e Wonder – que fazem cruzeiros pelo Caribe, norte da Europa, fiordes da Noruega, Mar Mediterrân­eo, Califórnia, México e Alasca. Como novidade para 2019, o grupo terá partidas de Roma, com visitas a portos na Suécia e Espanha, entre outros.

Levantar âncoras. O encantamen­to começa no embarque, em Miami. Depois do check-in no porto, que é muito parecido com o dos aeroportos (e também pode ser feito online), uma equipe recebe os passageiro­s dentro do navio com palmas e animação, inclusive anunciando o sobrenome de cada família, em meio a uma decoração que lembra o glamour de décadas passadas. Cafona? Que nada: engraçado e maravilhos­o.

Meu quarto pelas próximas cinco noites era uma cabine com varanda, diariament­e arrumada no capricho por uma equipe de camareiros solícita e talentosa, capaz de transforma­r as toalhas limpas deixadas sobre a cama na serpente Kaa, de Mogli, e no martelo de Thor.

Nos dias que se seguiram, fui descobrind­o todos os espaços do enorme navio. A academia, a piscina exclusiva para adultos, o spa (pago à parte). Os clubes infantis separados por idade: It’s a Small World, de 0 a 2 anos (US$ 9 a hora); Oceaneer Club, onde crianças de 3 a 12 anos podem brincar no quarto de Andy, de Toy Story; Edge, para pré-adolescent­es de 11 a 14 anos, focado em games; e o espaço Vibe, que recebe os teens de até 17 anos (monitores avisam: os beijos dos jovens casais são interrompi­dos).

Também aprendi que o navio tem bares exclusivos para maiores de 18 anos, como o O’Gills Pub. E ainda uma opção curiosa de diversão: a Silence Party (festa silenciosa) no Fathom Lounge Disco e Nightclub. Começa às 23 horas e os baladeiros devem usar fones, nos quais se pode sintonizar três estações, com músicas de estilos distintos. O curioso é perceber que, depois de algum tempo, estão todos cantando alto e forma-se um coral na pista de dança. Nesta, Mickey não deu as caras. Provavelme­nte dormia para mais um longo dia trabalho.

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KENT PHILLIPS/DCL
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