O Estado de S. Paulo

Virada Cultural.

Caetano e Xuxa estão confirmado­s. Festa terá parque de diversões.

- Guilherme Sobota

Se em 2017 a Virada Cultural enfrentou problemas e viu seu público reduzido, para 2018 a Secretaria Municipal de Cultura buscou uma programaçã­o mais robusta para voltar a preencher as ruas do centro de São Paulo. Mas manteve a ideia de descentral­ização ao montar quatro palcos regionais com grandes atrações. A 14.ª edição do evento ocorre nos dias 19 e 20 de maio, das 18h de sábado às 18h de domingo.

Entre os nomes anunciados nesta quarta-feira, 25, em uma coletiva de imprensa na Biblioteca Mário de Andrade, para atividades no centro da cidade estão: Caetano Veloso (com o bloco Tarado ni Você), É o Tchan, o Show da Xuxa, Balão Mágico, Nação Zumbi, Ira!, Fat Family, Emicida, entre outros.

Em 2017, o centro ficou carente de grandes artistas: este ano, a estratégia muda. No total, são pelo menos 900 atrações.

Entre as novidades programada­s, está a instalação de um parque de diversões no Anhangabaú, com roda-gigante e carrinho bate-bate, e um cinema ao ar livre na Rua 15 de Novembro.

Um Palco Gospel será montado no Centro Esportivo Tietê. Segundo o secretário, não haverá proselitis­mo religioso. Questionad­o se a secretaria não temia reprimenda­s por privilegia­r uma religião, o secretário André Sturm disse que na verdade são várias denominaçõ­es contemplad­as. “São católicos, diversas correntes do protestant­ismo...”

De acordo com Sturm, a expectativ­a é receber entre 3 e 3,5 milhões de pessoas. O público oficial no ano passado foi de 1,6 milhão. “Fizemos consultas com astrólogos e astrônomos e tentamos São Pedro”, brincou, se referindo à chuva que castigou o evento ano passado e foi usada, na ocasião, como motivo para a baixa adesão. “Mas este ano fizemos uma programaçã­o surpreende­nte, com vários artistas de peso.” Ele afirmou que o fato de músicos e grupos de grande porte, como Karol Conka, Nação Zumbi, Beth Carvalho e Diogo Nogueira estarem escalados para os palcos regionais vai mobilizar o público que não quer ou não pode ir até o centro. Em 2017, a estratégia funcionou mal em alguns locais: o show de abertura de Daniela Mercury, no Anhembi, atraiu 8 mil pessoas, público pequeno para o evento. O Sambódromo e o Autódromo de Interlagos ficam de fora do evento em 2018. Para Sturm, utilizar equipament­os da Prefeitura em regiões mais afastadas ajuda a criar um legado da Virada, ao divulgar suas atividades para a população.

O orçamento desta edição é de R$ 13 milhões – o mesmo divulgado para 2017, e um pouco menor do que o de 2016, de R$ 15 milhões. Não haverá patrocinad­ores. “A Virada é um evento muito grande, e como não tivemos uma oferta de peso, decidimos não aceitar nenhuma”, disse o secretário.

Uma das grandes mudanças do ano passado eram os “tablados” anunciados pela Prefeitura: segundo Sturm, eles se mantêm, mas agora mais altos, nos locais que costumam receber atividades da Virada, como Praça da República, Largo do Arouche, Largo São Bento. Biblioteca Mário de Andrade, Theatro Municipal e Centro Cultural São Paulo também participam.

Os cortejos, que funcionam como blocos de carnaval, também mudam de estratégia: começam perto do Cemitério da Consolação e descem até o centro. A ideia é manter o público nos arredores para as demais atrações. Caetano Veloso (com o Tarado Ni Você), É o Tchan (com Sheila Melo), um tributo a Dona Ivone Laura fazem o percurso, além de mais um ainda a ser anunciado.

Os palcos regionais ficam na Chácara do Jockey, na Praça do Campo Limpo, no Parque da Juventude e em Itaquera, no estacionam­ento do estádio do Corinthian­s. Nomes como Iza, Nação Zumbi, Jota Quest, Diogo Nogueira e Beth Carvalho se apresentam nesses espaços, entre diversos outros artistas.

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GABRIELA BILÓ/ESTADÃO Biblioteca Mário de Andrade. Programaçã­o literária
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RAFAEL ARBEX/ESTADÃO Caetano. Com o bloco Tarado ni Você

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