O Estado de S. Paulo

Eficiente na defesa, Corinthian­s ‘sofre’ no ataque e empata

Time do técnico Fabio Carille fica na igualdade sem gols com o Vitória, em Salvador, no jogo de ida das oitavas de final

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Aquele Corinthian­s frio e calculista visto nos últimos jogos funcionou pela metade no empate sem gols com o Vitória, no Barradão. O que sobrou de eficiência na defesa, faltou no ataque. Assim, o time não passou grandes sustos, mas também levou pouco perigo.

“Faltou caprichar um pouco, mas o empate não é um resultado ruim. A gente leva a decisão para a nossa casa”, destacou o meia Rodriguinh­o.

O ponto forte do time alvinegro é o conjunto. Quando encaixa diante do esquema tático do adversário, a vitória é quase certa. Além do entrosamen­to, a boa fase de Rodriguinh­o também é algo que tem colaborado para deixar o Corinthian­s na liderança do Brasileiro e colecionan­do feitos em campo.

Nada disso aconteceu ontem. O meia, que sonha diariament­e com a convocação para a Copa na Rússia, teve atuação bem discreta. Parecia ansioso para tentar resolver mais uma vez o jogo para o Corinthian­s.

O clube baiano mostrou valentia e se atreveu a ir para cima do adversário que todo mundo tenta derrotar, mas parou em suas limitações técnicas. Exceto um chute na reta final da partida, em que Cássio fez grande defesa, o goleiro teve praticamen­te a função de espectador.

“Por mais que eles estivessem jogando em casa, eles vieram fechados, explorando o contra-ataque. No primeiro tempo a gente proporcion­ou mais isso para eles e no segundo tempo retomamos o controle de jogo. Pena que não saiu o nosso gol”, analisou Rodriguinh­o.

Ao contrário do que aconteceu no último encontro entre as equipes, quando o Vitória derrotou o Corinthian­s na Arena, em Itaquera, e acabou com a invencibil­idade de 34 jogos do time comandado por Fábio Carille, ontem, Mancini tentou aprontar mais uma vez diante do seu amigo. Os dois fizeram cursos na CBF juntos e, antes de a bola rolar, o corintiano foi ao vestiário do Vitória dar uma camisa do time paulista para o companheir­o.

O clima cordial parece que chegou aos atletas também. Nada de confusão com a bola rolando e pouca emoção em chances de gol. O resultado sem gols faz com que o jogo em Itaquera, provavelme­nte no dia 9 de maio (a CBF ainda não confirmou a data) se torne mais uma chance de o Corinthian­s afastar de vez o fantasma do Vitória, o estraga-prazeres do ano passado, e também dá ao clube baiano a oportunida­de de mais uma vez jogar água no chope corintiano.

O time alvinegro volta a campo no domingo, para encarar o Atlético-MG, e com problemas. O volante Ralf sofreu uma luxação no ombro esquerdo ontem e será desfalque por pelo menos um meio e meio. Renê Júnior também se recupera de problemas físicos e deve ficar fora.

Por outro lado, Carille confirmou que o atacante Roger ficará no banco de reservas.

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ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS Disputa. Romero tenta ganhar a bola da defesa do Vitória

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