O Estado de S. Paulo

TRÊS PERGUNTAS PARA...

- Eduardo Stewien, Mestre em Ortopedia e Traumatolo­gia

1.

Qual o impacto de uma possível viagem para jogadores de vôlei em classe econômica?

É desconfort­ável não só pelo voo em si, mas para a questão muscular. Se para uma pessoa normal enfrentar uma viagem longa nessas condições já é ruim, para um atleta grande, que tem essa constituiç­ão física diferente, é pior. Influi no rendimento também, pois eles precisam estar com o corpo em plenas condições.

2.

Como é possível minimizar isso? Tem de procurar chegar com mais antecedênc­ia às competiçõe­s. Se por um lado se tenta economizar com passagem, vai precisar gastar mais com hospedagem e alimentaçã­o para chegar ao destino, fazer um trabalho para soltar a musculatur­a e ficar apto para uma atividade de alto rendimento. Ficar muito tempo na mesma posição, como é o caso da classe executiva, causa sofrimento. O descanso muscular é bem menor. Não é simplesmen­te uma questão de conforto ou de comodidade, mas é preciso dar aos músculos do atleta a melhor condição de jogo.

3.

Durante o voo é preciso ter algum cuidado extra por estar em classe econômica? É preciso soltar a musculatur­a ao longo da viagem, ficar em pé, mudar a posição. A equipe médica da seleção terá de orientar os jogadores a se movimentar­em no voo de tempos em tempos. É importante o uso de meias compressiv­as também, para ajudar na circulação sanguínea.

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