Barco da ONU critica as refinarias de petróleo
Capitã de embarcação na Volvo Ocean Race faz alerta ao passar pela região entre São Paulo, Rio e Espírito Santo
No terceiro dia da oitava etapa da Volvo Ocean Race, os sete barcos passaram pelas refinarias de petróleo e gás da costa brasileira, na região entre São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O barco da ONU, Turn The Tide On Plastic, aproveitou para registrar depoimento crítico à maneira como se investe em combustível fóssil.
Em vídeo publicado nas redes sociais da equipe da ONU, a capitã do barco, a britânica Dee Caffari, falou sobre o assunto sob o fundo de uma nuvem de fumaça provocada pela queima de petróleo. “É muito frustrante ver isso. Esperamos que as coisas mudem rápido’’, afirmou. “Há muitos locais de perfurações. Pode-se ver a fumaça na queima de petróleo. Há muitas embarcações dedicadas a produzir isso. Há muito dinheiro que é investido para a produção desse tipo de combustível.’’
O barco da ONU disputa a Volvo Ocean Race para também alertar para o problema do consumo de plástico no mundo. No veleiro, há um dispositivo que analisa a água e aponta a quantidade de microplástico que há nas amostras – não é fácil de ser visto a olho nu e tem se tornado grande problema, pois os peixes o consumem ao confundirem com plâncton.
“Alertar para o problema do uso do plástico é o primeiro passo para reduzir esse tipo de processamento de combustível. Se a gente alterar o que é investido no petróleo e começar a pensar em energias renováveis, deixaríamos o mundo mais feliz e os oceanos mais limpos. Temos que pensar que as energias renováveis são uma maneira de pensar adiante’’, finalizou.