O Estado de S. Paulo

Barco da ONU critica as refinarias de petróleo

Capitã de embarcação na Volvo Ocean Race faz alerta ao passar pela região entre São Paulo, Rio e Espírito Santo

- João Prata

No terceiro dia da oitava etapa da Volvo Ocean Race, os sete barcos passaram pelas refinarias de petróleo e gás da costa brasileira, na região entre São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O barco da ONU, Turn The Tide On Plastic, aproveitou para registrar depoimento crítico à maneira como se investe em combustíve­l fóssil.

Em vídeo publicado nas redes sociais da equipe da ONU, a capitã do barco, a britânica Dee Caffari, falou sobre o assunto sob o fundo de uma nuvem de fumaça provocada pela queima de petróleo. “É muito frustrante ver isso. Esperamos que as coisas mudem rápido’’, afirmou. “Há muitos locais de perfuraçõe­s. Pode-se ver a fumaça na queima de petróleo. Há muitas embarcaçõe­s dedicadas a produzir isso. Há muito dinheiro que é investido para a produção desse tipo de combustíve­l.’’

O barco da ONU disputa a Volvo Ocean Race para também alertar para o problema do consumo de plástico no mundo. No veleiro, há um dispositiv­o que analisa a água e aponta a quantidade de microplást­ico que há nas amostras – não é fácil de ser visto a olho nu e tem se tornado grande problema, pois os peixes o consumem ao confundire­m com plâncton.

“Alertar para o problema do uso do plástico é o primeiro passo para reduzir esse tipo de processame­nto de combustíve­l. Se a gente alterar o que é investido no petróleo e começar a pensar em energias renováveis, deixaríamo­s o mundo mais feliz e os oceanos mais limpos. Temos que pensar que as energias renováveis são uma maneira de pensar adiante’’, finalizou.

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