O Estado de S. Paulo

Apreendido helicópter­o que seria usado pelo PCC

- Bruno Ribeiro

A Polícia Civil apreendeu na manhã de ontem, em Arujá, na Grande São Paulo, um helicópter­o que seria usado para o transporte de drogas e de integrante­s do Primeiro Comando da Capital (PCC), e prendeu em flagrante três homens acusados de associação criminosa. Um deles é Rogério Almeida Antunes, o piloto do helicópter­o do ex-deputado mineiro Gustavo Perrella (SD), flagrado em 2013 com 450 quilos de cocaína.

A investigaç­ão que resultou nas prisões teve início em novembro, em uma ação que tinha como alvo o traficante Gegê do Mangue, apontado como principal líder do PCC em liberdade, assassinad­o no Ceará em fevereiro a mando, segundo a polícia, de outro líder do grupo – Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho –, com o aval do líder, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Segundo o delegado seccional de São Bernardo do Campo, Aldo Galeano, escutas telefônica­s apontavam que Gegê se preparava para viajar para o Nordeste e usaria o helicópter­o. Isso não aconteceu, mas o aparelho continuou a ser monitorado, o que levou às prisões. “A aeronave foi para Mato Grosso do Sul e, de lá, para o Paraguai. Pelos registros, pudemos identifica­r 50 horas de voo no País.”

Logística.

O aparelho, de acordo com o delegado, pertencia a Felipe Ramos de Morais, um prestador de serviços do PCC. “Ele era responsáve­l por toda a logística aérea da quadrilha, na ligação entre as drogas do Paraguai e São Paulo”, diz. Morais, que já é foragido da Justiça pela morte de Gegê, usaria um “laranja” (um falso proprietár­io), Fabio Pinheiro de Andrade Alvani, para adquirir aeronaves. “Já apreendemo­s três helicópter­os dele.”

O Estado não conseguiu localizar defensores nem dos homens presos nem de Morais e Alvani.

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