Recorte continental
Atribuída ao naturalista romano Caio Plínio Segundo, a frase “Ex Africa semper aliquid novi” (ou “da África sempre há novidades a reportar”) delineia os conceitos da exposição Ex Africa, que leva ao CCBB um grande panorama da arte contemporânea africana.
São expostas mais de 90 obras de 20 artistas, que ajudam a revelar aspectos históricos ligados a séculos de colonização e também características recentes do continente. Assim, os trabalhos aparecem divididos em quatro eixos: ‘Ecos da História’, ‘Corpos e Retratos’, ‘O Drama Urbano’ e ‘Explosões Musicais’.
Para o curador da mostra, o alemão Alfons Hug, um dos desafios consiste em identificar produções que dão conta da “complexidade e diversidade do continente”. Ele cita como exemplo os países do Golfo da Guiné, que “abrigam não apenas mil diferentes grupos étnicos e idiomas, como também incluem elementos anglófonos, francófonos, lusófonos e árabes”. Um ponto em comum, segundo Hug, é que a arte africana, de um modo geral, “movimenta-se na zona de tensão” entre aspectos tradicionais e modernos, coloniais e pós-coloniais, locais e globais.
Na visão do curador, o público também poderá reconhecer, nas obras, os vínculos históricos entre o Brasil e a África nos últimos 500 anos.
ONDE: CCBB. R. Álvares Penteado, 112, Centro, 3113-3651. QUANDO: Inauguração: sáb. (28). 9h/21h (fecha 3ª). Até 16/7. QUANTO: Grátis.