UMA VISITA QUE TARDOU 65 ANOS
Improviso marca encontro entre Kim e Moon
Os portões dourados do imponente edifício norte-coreano se abriram e Kim Jong-un, vestindo um terno preto à la Mao Tsé-tung desceu os degraus rumo à fronteira. Nenhum líder norte-coreano punha os pés em solo sul-coreano desde a Guerra da Coreia. Sorrindo, Kim estendeu a mão ao também sorridente presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que o esperava em Panmunjom. O vilarejo é um dos poucos locais sem cercas ou campos minados entre os dois territórios.
Todos os aspectos da cúpula foram bem ensaiados, mas Kim saiu do roteiro quando convidou seu colega para o seu lado da fronteira. “Moon perguntou ao sr. Kim: ‘Quando poderei visitar o Norte?’ E o líder norte-coreano respondeu: ‘Por que não agora?’”, revelou o porta-voz da presidência sulcoreana.
Moon pareceu hesitar, mas o norte-coreano pegou sua mão e o conduziu até seu lado da fronteira. Com um sorriso, os dois voltaram a cruzar para o Sul, projetando uma imagem de unidade.
Ambos ainda plantaram um pinheiro, aguado em seguida com regadores verdes, e conversaram reservadamente ao ar livre. “É realmente comovente que você tenha vindo até a linha de demarcação para me receber pessoalmente”, disse Kim ao apertar a mão de Moon na fronteira. “Foi uma grande decisão sua fazê-lo aqui”, respondeu Moon.