IG4 e Zurich fecham acordo para ficar com Viracopos
Agestora de private equity IG4 Capital e a operadora suíça Zurich Airport Latin America fecharam, na última sexta-feira, dia 26, parceria para apresentar proposta pelo controle do aeroporto de Viracopos, em Campinas. Nesta semana, ambos se reunirão com governo, bancos e acionistas para formalizar as condições do negócio. A Zurich Airport já opera no Brasil e detém a concessão dos aeroportos de Florianópolis (SC) e de Confins (MG). O aeroporto de Viracopos está em situação frágil e seus acionistas, a Triunfo Participações e Investimentos (TPI) e a UTC, já anunciaram a devolução da concessão. Paralelamente, o aeroporto é alvo de um processo administrativo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por conta de atrasos no pagamento de outorga, que podem levar à caducidade da concessão.
» Olho do dono.
Ter o controle do Walmart no Brasil foi identificado pelo fundo de private equity Advent como algo necessário para viabilizar o “turnaround” - ou seja, a reestruturação completa - da rede de supermercados. Foi por isso que as conversas deixaram de ser sobre uma fatia minoritária e, dessa vez, o que está em negociação é uma aquisição de 80% do Walmart. As conversas estão avançadas e uma conclusão deverá ser anunciada nos próximos dias. No setor do varejo, a Advent possui participação, por exemplo, na varejista Quero-Quero, de venda de material de construção, e na Fortbras, que atua no setor de reposição de autopeças.
» Mudanças. O Walmart tem vivido uma série de mudanças no País. Paralelamente à busca por um sócio, a companhia começou uma tentativa de recuperação das vendas de seus hipermercados, fazendo reformas nas lojas e ajustes nas operações. No comércio eletrônico, decidiu parar de vender itens diretamente aos consumidores finais e passou a atuar apenas no marketplace, modelo em que outros comerciantes negociam produtos na plataforma.
» Saída.
Recentemente, o Advent vendeu parte de suas ações na varejista de moda Restoque e também se desfez de ações na IMC, dona dos restaurantes como o Frango Assado e Viena. Já a última aquisição que realizou no País foi a compra de uma fatia da companhia de educação Estácio. Procuradas, as empresas não comentaram.
» Na boa.
Depois de reuniões turbulentas entre acionistas, a Oi espera, nos bastidores, por uma assembleia bastante tranquila amanhã, dia 30. Isso porque, pela primeira vez, por decisão do juiz que trata da recuperação judicial da companhia, os acionistas Pharol e Société Mondiale não poderão votar na assembleia. Ambos tiveram seus direitos políticos suspensos pelo juiz após tentarem realizar assembleia em fevereiro para questionar o plano de recuperação aprovado por credores. Procurada, a Oi não comentou.
» Tudo novo.
Cristiana Pereira, ex-diretora Comercial e de Desenvolvimento de Empresas da B3, que deixou a companhia no final do ano passado, acaba de abrir uma consultoria, focada em sua expertise: governança corporativa. Junto com ela na empreitada, estão outras duas ex-Bolsa: Adriana Sanches e Edna Holanda. Com as iniciais dos nomes, a consultoria foi batizada de ACE Governance.
» Melhor.
O mercado de galpões logísticos de São Paulo deu novos sinais de reação no começo deste ano. O saldo entre áreas alugadas e devolvidas (chamada pelo jargão de absorção líquida) atingiu 158,4 mil m² no primeiro trimestre de 2018, pouco mais do que o triplo do primeiro trimestre de 2017 (50,5 mil m²) e 29% superior ao quarto trimestre de 2017, de acordo com dados da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield.
» Reação.
Com o reaquecimento do mercado, os espaços vagos diminuíram de 23,2% em dezembro para 21,7% em março, enquanto o preço médio mensal pedido para locação subiu 0,8% nesse período, de R$ 19,43 por m² para R$ 19,58 por m².
» Ainda não.
Já o mercado de galpões logísticos do Rio de Janeiro continua pressionado pela crise aguda no Estado. A absorção líquida total no primeiro trimestre desde ano foi de apenas 22 mil m², cerca de metade do registrado no último trimestre do ano passado. O fraco ritmo de locação, somado à conclusão de obras de novos empreendimentos, fizeram a vacância crescer de 24,8% para 25,9%, com preço de R$ 22,8 por m².