Com atualizações, linha 2019 da L200 Triton já está à venda
Picape média fabricada pela Mitsubishi em Goiás desde 1998 chega à linha 2019 com atualizações na grade e no sistema multimídia
Prestes a completar 20 anos de produção no Brasil, a Mitsubishi L200 chega à linha 2019 com poucas mudanças e um enxugamento de opções. Saem de cena os modelos Savana e Outdoor, e permanece a Triton Sport, em cinco versões, da GL, básica, destinada a frotistas e tabelada a R$ 120.990, à HPE-S, de topo, por R$ 174.990. Se por um lado a picape traz poucas novidades, ao menos os preços são os mesmos da linha 2018. As vendas já começaram.
A maior novidade é a central multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay. A tela, de 7 polegadas, não mudou, mas o sistema é novo. O pacote mais completo, que já vem com aplicativos como Waze e Spotify, além de navegador GPS, equipa somente a versão mais cara. Além disso, apenas essa configuração recebeu as novas rodas de 17 polegadas (16” nas demais).
Outra novidade está na grade, que passa a ter três formatos. A da HPE-S tem aletas horizontais. As versões intermediárias (GLS e HPE) mantiveram o estilo do modelo anterior, enquanto nas de entrada (GL e GLX) as aletas são verticais e não têm pintura. Todas vêm com faróis escurecidos de série.
A L200 Triton Sport é produzida apenas com cabine dupla, tração 4×4 e motor 2.4 turbodiesel de 190 cv. Avaliamos a HPE-S por mais de 60 km, a maior parte no fora de estrada.
Na terra, a picape mostrou valentia. A suspensão da versão de topo foi recalibrada para preservar o conforto mesmo com as rodas maiores – nas demais, não houve mudança no conjunto. O sistema absorve bem a buraqueira do caminho, passando pouca vibração para a cabine.
Econômico. O seletor giratório de tração fica no console e tem quatro posições, de fácil manuseio: 4x2, 4x4, 4×4 com bloqueio de diferencial e 4×4 reduzida. Em relação à concorrência, o motor 2.4 todo de alumínio tem potência abaixo de modelos como a Ranger e a S10 (200 cv), mas acima da líder de vendas, Hilux (177 cv). O torque, de 43,9 mkgf, também está abaixo da Ford (47,1 mkgf) e da Toyota (45,9 mkgf).
Na prática, a oferta menor de força é compensada pelo fato de a L200 Triton ser mais leve que as concorrentes. Enquanto a Toyota pesa 2.090 kg e a Chevrolet, 2.101 kg, o peso da Mitsubishi é de 1.950 kg. O câmbio automático tem cinco marchas, uma a menos do que o da maioria das rivais.
A Triton anda menos que as oponentes diretas, mas também é a mais econômica e a única com nota “A” na categoria, segundo dados do Inmetro. A média na cidade é de 9,9 km por litro de diesel e em uso rodoviário, de 11,8 km/l.
Outro ponto positivo da picape produzida em Catalão (GO) desde outubro de 1998 é o bom diâmetro de giro – o menor da categoria, segundo informações da fabricante –, graças à reduzida distância entre os eixos (3 metros). Como comparação, S10 e VW Amarok têm 3,1 metros. Isso facilita as manobras de estacionamento, especialmente na cidade.
O eixo traseiro mais perto da cabine poderia comprometer o espaço no banco de trás. Para contornar esse problema a Mitsubishi adotou um desenho em forma de “J” que tira um pedaço da parte inferior da cabine, nas extremidades.
Simplicidade. O acabamento é simples mesmo na versão de topo. Os plásticos do painel e das laterais são rígidos e o computador de bordo aparece em uma pequena tela digital entre o velocímetro e o conta-giros. Além disso, na unidade avaliada o porta-luvas não estava abrindo com facilidade.
De série, a versão mais cara vem com bancos de couro (o do motorista tem ajustes elétricos), sete air bags (dois frontais, dois laterais, dois do tipo cortina e um de joelho), vidros elétricos (com sistema de “um toque” apenas para o do motorista), ar-condicionado digital de dupla zona, chave presencial, botão de partida do motor (do lado esquerdo do volante), direção com assistência hidráulica e volante regulável em altura e profundidade. Há ainda faróis de xenônio, entre a lista de equipamentos de fábrica.
A garantia é de três anos e o intervalo entre as revisões é de seis meses. Esse prazo reduzido é justificado, segundo informações da Mitsubishi, porque em geral as picapes rodam bem mais que os carros de passeio.
A versão HPE-S deverá ser a mais vendida da linha, com 30% de participação, de acordo com estimativas da fabricante.