Ministra deixa o governo de May após nova crise
A ministra do Interior do Reino Unido, Amber Rudd, apresentou sua renúncia ontem após a crescente pressão que sofria em razão do depoimento sobre a deportação de imigrantes. A premiê Theresa May aceitou imediatamente o afastamento. No fim de semana, o jornal
The Guardian publicou uma carta de Rudd a May, escrita no ano passado, na qual ela traça o objetivo “ambicioso” de aumentar a deportação forçada de imigrantes. O ex-vice-ministro de Rudd disse que chegou a discutir com ela tratativas para aumentar o número de deportações, m as lembrou que o aumento era uma ambição, não um objetivo.
A controvérsia em torno de uma das aliadas mais próximas de May coincide com a participação do Reino Unido em negociações cruciais a respeito do futuro acordo comercial co m a União Europeia e ocorre em meio à crescente tensão interna sobre a política do governo de May sobre a saída do bloco.
Nas últimas duas semanas, ministros britânicos tiveram dificuldade para explicar por que alguns descendentes da chamada geração “Windrush”, pessoas oriundas de países caribenhos e convidadas a viver na Grã-Bretanha para cobrir a escassez de mão de obra entre 1948 e 1971, estão sendo privados de direitos básicos em razão da falta de documentação.
O escândalo ofuscou a cúpula da Commonwealth, no início de abril, e levantou questões sobre a passagem de seis anos de May como ministra do Interior, antes de se tornar premiê, em 2016. O governo pediu desculpas pelo problema, prometeu cidadania e compensação aos afetados.